Relator da CEI das Pastinhas diz que Nexus está de acordo com o Plano Diretor
O dono da Consciente Construtora levou provas de que ele havia atendido os requisitos legais.
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Em reunião da Comissão Especial de Inquérito (CEI) das Pastinhas, que visa apurar possíveis irregularidades na concessão de alvarás e licenciamentos na capital, o relator, Geovani Antônio afirmou a seus pares da Câmara Municipal de Goiânia que o Plano Diretor oferece todas as condições para que o Nexus Shopping &Business se instale na região da Praça do Ratinho, onde está sendo construído. O empreendimento é investigado por possíveis fraudes em documentos que permitiram o início de sua construção.
O empresário Ilézio Inácio Ferreira, proprietário da Consicente Construtora, responsável pela obra, esteve na Câmara para prestar esclarecimentos. Segundo ele, o primeiro passo da empresa na realização do estudo de Impacto de Vizinhança (EIV) foi contratar os três institutos de pesquisas mercadológicos de melhor reconhecimento nacional, que vieram a Goiânia fazer levantamentos in loco e comprovaram tanto a demanda quanto a aprovação dos goianienses ao empreendimento.
“Estas pesquisas também apontaram antecipadamente todos os cuidados que deveríamos ter com a cidade e a comunidade porque é de interesse do empreendedor estar seguro de que o empreendimento se atentou para todos os detalhes porque isto implica em seu funcionamento e operação”, diz.
De acordo com o empresário, somente a partir deste indicativo, a Consciente realizou os estudos exigidos pela legislação, entre eles o EIV e o Estudo de Impacto de Trânsito (EIT), que já estaria pronto, embora a legislação só o solicite no final da obra.
O EIV da obra do Nexus se tornou alvo de polêmica após vereadores que compõem a CEI perceberam semelhança em muitas assinaturas, com indícios de fraude, e pediram na Justiça a anulação do alvará de construção. Também acionaram a polícia contra a empresa responsável pelo estudo.
O diretor da Consciente disse que está acompanhando a apuração do fato, embora acredite na consistência do estudo. “Nós esperamos e contamos que ele seja verdadeiro. Caso não seja, vamos tomar todas as medidas necessárias para resolver a questão, inclusive fazendo outro EIV se for o caso. Mas, neste momento, não podemos fazer pré-julgamentos”, disse.
Ele diz esperar que as apurações da Câmara Municipal de Goiânia e o Ministério Público elucidem a questão, mas também contratou uma perícia paralela para tentar resolver o imbróglio.
Durante a reunião, Ilézio fez questão de ressaltar o impacto econômico que o empreendimento deve causar em Goiânia. Segundo ele, durante o período da construção, serão gerados 3 mil novos empregos diretos e cerca de R$ 29 milhões em impostos municipais nesta etapa. Para a União, serão gerados R$ 38 milhões. Quando iniciar operações, cerca de 4,5 mil funcionários trabalharão no local e a expectativa é que sejam gerados cerca de R$ 35 milhões anual em ICMS.
Compareceram à reunião da CEI, os vereadores Geovani Antônio (PSDB), Paulo da Farmácia (Pros), Clécio Alves (PMDB), Richard Nixon (PRTB), Divino Rodrigues (Pros), Paulo Magalhães (SDD), Mizair Lemes Jr (PMDB), Eudes Vigor (PMDB) e Zander Fábio (PSL).