PETROBRAS

Relembre as trocas na presidência da Petrobras durante o governo Bolsonaro

Se aprovado pelo conselho administrativo, Caio Mário Paes de Andrade será o quarto presidente da estatal no atual governo

Conselho da Petrobras vai passar a decidir reajuste de combustível (Foto: Reprodução - Agência Petrobras)

A Petrobras terá seu quarto presidente nomeado durante a gestão do governo Jair Bolsonaro (PL). Desde o início do atual governo, três nomes ocuparam a presidência da estatal.

O último a deixar o cargo foi José Mauro Coelho, que renunciou nesta segunda-feira (20), após pressão do líder do Executivo e do presidente da Câmara, deputado Artur Lira (PP-AL).

No mês passado, Bolsonaro disse que trocaria o comando da estatal e indicou o nome do então secretário de Desburocratização do Ministério da Economia, Caio Mário Paes de Andrade, para substituir o atual presidente da empresa.

Veja as trocas de presidente da empresa durante o governo Bolsonaro.

Roberto Castello Branco

O primeiro a assumir o comando da estatal durante o governo do presidente Jair Bolsonaro foi o economista Roberto Castello Branco. Ele foi indicado ao cargo em novembro de 2018, logo após as eleições presidenciais.

Castello Branco tomou posse na presidência da estatal em 3 de janeiro de 2019. Durante sua gestão, a empresa recebeu duras críticas do chefe do Executivo em relação à política de preços da Petrobras. Em dois meses, a empresa havia realizado quatro reajustes no preço da gasolina e três no diesel.

Bolsonaro decidiu demiti-lo em fevereiro de 2021. Castello Branco ficou no cargo até o dia 13 de abril de 2021.

Joaquim Silva e Luna

Castello Branco foi substituído pelo general Joaquim Silva e Luna, que tomou posse em 16 de abril de 2021, quase dois meses após sua indicação pelo presidente Bolsonaro.

Em sua posse, disse que um dos principais desafios de sua gestão seria conciliar os interesses de consumidores e acionistas, valorizando os petroleiros e buscando reduzir a volatilidade dos preços sem desrespeitar a paridade internacional.

O anúncio da substituição gerou temor entre investidores sobre novas intervenções na política de preços e levou a empresa a perder R$ 102,5 bilhões em valor de mercado em apenas dois dias.

Silva e Luna permaneceu no cargo até abril de 2022. Foi substituído devido uma série de desgastes com o governo, após o mega-aumento de 18% no preço da gasolina promovido pela Petrobras.

José Mauro Ferreira Coelho

No lugar do militar, o presidente indicou José Mauro Ferreira Coelho para ocupar a cadeira de presidente da estatal. Químico, Coelho tomou posse no dia 14 de abril de 2022. Ele defendeu a prática de preços de mercado de combustíveis, alvo de críticas na oposição e no próprio governo.

O governo anunciou que trocaria novamente o presidente da Petrobras em 23 de maio, após a empresa anunciar um reajuste de 14,2% no preço do diesel e de 5,2% na gasolina. Na ocasião, a empresa alegou que o mercado de petróleo passa por mudança estrutural e que é preciso acompanhar os preços internacionais.

O aumento no preço dos combustíveis provocou reações do presidente Jair Bolsonaro e do presidente da Câmara, Arthur Lira, que defendeu taxar o lucro da petroleira. Após pressão, Coelho renunciou à presidência da estatal nesta segunda (20).

Presidentes da Petrobras sob Bolsonaro

  1. Roberto Castello Branco: de 3 de janeiro de 2019 a 13 de abril de 2021;
  2. Joaquim Silva e Luna: de 16 de abril de 2021 a 13 de abril de 2022;
  3. José Mauro Ferreira Coelho: de 14 de abril de 2022 a 20 de junho de 2022
  4. Caio Mario Paes de Andrade (convidado)