Relevância da propaganda eleitoral televisiva nas Eleições de 2022 | Mais Goiás.doc
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O Mais Goiás.doc desta semana discute a importância das propagandas eleitorais televisivas com o avanço da internet. A reportagem traz opiniões de especialistas, como: cientista político, jornalista especialista em campanhas eleitorais e de um professor e consultor de marketing político. Eleitores também foram abordados e questionados se este tipo de publicidade os influenciam na hora de escolher seu voto. Assista à reportagem no final da matéria.
No Brasil, o horário eleitoral gratuito é exibido em todas as emissoras de televisão aberta e em todas as rádios AM e FM do país, de maneira simultânea, durante todo período eleitoral. Este momento foi instituído através da lei Nº 4.737, de 15 de julho de 1965, que criou o Código Eleitoral Brasileiro. Atualmente, porém, a Lei nº 9.504/97 com alterações baseadas na Lei nº 13.165/2015 é que regulamenta o horário eleitoral.
O cientista político Guilherme Carvalho diz que 1989 foi um grande marco nas propagandas eleitorais. Naquele ano, o Brasil teve sua primeira eleição presidencial. Desta foram, foi a primeira vez que foram lançadas as peças publicitárias que mexem com as emoções dos eleitores. O profissional ressalta que essas propagandas foram criadas para ser uma ferramenta de grande abrangência política, levando mensagens ofensivas e defensivas por parte dos candidatos.
Tempo de propaganda eleitoral no primeiro turno
Conforme o Tribunal Regional Eleitoral (TRE-GO), as propagandas (durante as eleições estaduais e federais) deverão ser exibidas por todas as emissoras indicadas, seguindo o horário de Brasília. Deve ser respeitada a seguinte divisão, conforme cada cargo em disputa:
- Presidente da República: às terças, quintas e sábados, das 7h às 7h12m30 e das 12h às 12h12m30, em rádio; e das 13h às 13h12m30 e das 20h30 às 20h42m30, em televisão.
- Governador de Estado ou do Distrito Federal: às segundas, quartas e sextas, das 7h15 às 7h25 e das 12h15 às 12h25, em rádio; e das 13h15 às 13h25 e das 20h45 às 20h55, em televisão.
- Senador: às segundas, quartas e sextas, das 7h às 7h05 e das 12h às 12h05, em rádio; e das 13h às 13h05 e das 20h30 às 20h35, em televisão.
- Deputado federal: às terças, quintas-feiras e aos sábados, das 7h12m30 às 7h25 e das 12h12m30 às 12h25, em rádio; e das 13h12m30 às 13h25 e das 20h42m30 às 20h55, em televisão.
- Deputado estadual e distrital: às segundas, quartas e sextas-feiras, das 7h05 às 7h15 e das 12h05 às 12h15, em rádio; e das 13h05 às 13h15 e das 20h35 às 20h45, em televisão
Propagandas eleitorais na atualidade
Com o avanço do uso da internet e de novas tecnologias, a televisão e a rádio não foram esquecidas, mas pode-se dizer que eles ganharam concorrentes. Isso não seria diferente na política e nas campanhas eleitorais. Atualmente, o Instagram, Facebook, Twitter, TikTok e até mesmo o WhatsApp também virarampalco para peças publicitárias políticas.
“Não foi uma migração excludente. Não é porque a pessoa está consumindo mais redes sociais, que ela parou de assistir televisão, que ela parou de ouvir rádio”, ressalta Marcos Marinho, professor e consultor de marketing político.
O profissional lembra ainda que a televisão e o rádio chegam onde o acesso à internet ainda não chegou, mesmo com o avanço das tecnologias. Por isso, essas ferramentas de comunicação continuam sendo muito importantes.
Marcos Marinho ressalta ainda que o crescimento da internet nem sempre é sinônimo de ganho de votos para os candidatos, pois é indispensável que o político tenha uma audiência que queira ouvir a mensagem transmitida por ele. “Por mais que tenha mais pessoas usando canais digitais, isso não quer dizer que eles alcançaram mais eleitores”, sublinha.
Guilherme Carvalho diz que políticos tradicionais têm mais dificuldades de entender e mergulhar nas estratégias de marketing usadas na internet. Ao passo que candidatos mais jovens lideram os desenvolvimentos estratégicos quando o assunto são as novas tecnologias.
Afif Sarhan, jornalista especialista em campanhas eleitorais, destaca que, apesar da televisão e da rádio serem importantes, quem ainda não migrou para as redes sociais está atrasado.
Assista ao documentário completo: