Retinoblastoma: Entenda o câncer da filha do apresentador Tiago Leifert
No último sábado (29), Tiago Leifert e Daiana Garbin revelaram nas redes sociais que a…
No último sábado (29), Tiago Leifert e Daiana Garbin revelaram nas redes sociais que a filha Lua, de 1 ano, está com um tipo raro de câncer nos olhos. A doença se chama retinoblastoma e surge, principalmente, em crianças ainda pequenas.
“É um câncer que acontece nas células da retina. Elas acabam tendo um crescimento desordenado e acaba formando tumores, que podem ser num olhinho, ou como no caso da nossa filha, bilateral”, disse Daiana Garbin em um vídeo.
“Se você reparar um um movimento irregular, ou que a criança está olhando de lado ou ainda que, na foto com flash, volta um reflexo branco, procure um oftalmologista. Viu alguma coisa diferente no olhinho do seu bebê, vá atrás”, completou Tiago Leifert.
Assista ao vídeo:
O que é o retinoblastoma?
Segundo o médico oftalmologista Ícaro Calafiori, o retinoblastoma é um tumor que se origina nas células da retina, a parte do olho responsável pela visão, e pode afetar um ou ambos os olhos.
“Em média, 60% a 75% dos casos de retinoblastoma são esporádicos, ou seja, uma célula sofre mutação e passa a se multiplicar descontroladamente”, afirma o especialista.
De acordo com o Dr. Ícaro Calafiori, a doença pode acometer qualquer idade, mas é mais comum em crianças menores de cinco anos. “É um tipo de câncer ocular raro, corresponde a apenas 3% dos cânceres infantis”, diz.
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Sintomas e tratamento
De acordo com o médico, o principal sintoma da doença é um “reflexo brilhante no olho doente”. “Geralmente o reflexo do olho, como o visto em fotografias, é vermelho. Quando o tumor acomete o órgão, pode apresentar alguns sinais, como o reflexo branco”, diz o Dr. Ícaro Calafiori.
Segundo o médico, o estrabismo é outro sintoma. “A criança também pode sentir dor no olho e apresentar um leve aumento no tamanho do globo ocular”, alerta o médico.
O tratamento do retinoblastoma é estabelecido de acordo com o tamanho e a localização do tumor. “Os menores são tratados com laser ou a crioterapia, que é congelamento do tumor. Em outros casos, é feita a radioterapia ou quimioterapia. Em casos mais avançados, o olho precisa ser retirado”, explica Calafiori.
“Se o tumor não for diagnosticado logo, pode atingir outros órgãos. Sendo assim, quanto mais cedo o diagnóstico, maior as chances de cura”, acrescenta.
O médico alerta ainda sobre a importância do teste do olhinho quando o bebê nasce. “Depois dos seis meses de vida, o ideal é levar os filhos anualmente ao oftalmologista, ou então, a qualquer alteração observada nos olhos da criança”.
“A retinoblastoma pode levar à morte caso não seja diagnosticada a tempo de tratamento. O diagnóstico precoce é fundamental para preservar a visão e evitar a cegueira”, conclui o oftalmologista.
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