A secretária da Fazenda de Goiás, Ana Carla Abrão Costa, é destaque da edição desta semana da revista Época. Em entrevista de duas páginas, a revista semanal, uma das principais publicações do País, afirma que Ana Carla explica o programa de privatizações em curso no governo de Marconi Perillo “com lógica impecável”. Nas últimas semanas, a visão da secretária sobre as medidas anti-crise, o controle dos gastos da máquina pública e as privatizações já havia sido destaque em artigo do portal da revista e em reportagens na rádio CBN Brasil e do canal fechado de notícias GloboNews.
Na conversa com Época, Ana Carla aborda o papel do Estado na economia, as medidas implantadas pela administração de Marconi para se antecipar e conter os efeitos da crise econômica nacional e a preocupação dela e do governador de incentivar a gestão empreendedora e voltada para o resultado. “Alguns acham que o Brasil deve evitar vender estatais na atual fase ruim. A economista inverte essa lógica: privatizar é que ajudará o País a entrar numa fase melhor”, relata a revista na entrevista, em que Ana Carla afirma, em palavras elevadas ao título, que “Nos governos, há pouco incentivo ao trabalho”.
“Privatizar, no Brasil, e uma ideia sob ataque da direita velha, da esquerda velha, de populistas em geral e de funcionários públicos apegados a comodidades do cargo – uma turba poderosa”, diz o texto de apresentação da entrevista da Época. A revista complementa: “Ana Carla, doutora pela Faculdade de Economia e de Administração da Universidade de São Paulo (USP), mergulhou no debate. E explica, com lógica impecável, por que privatizar beneficia o cidadão”. Na entrevista, a secretária afirma que “a privatização entra agora (no debate) porque os governos estão maiores do que as receitas”.
Ana Carla afirma que “precisamos enxugar, precisamos ter governos menores”. Segundo ela, “um Estado menor é a única forma de ter um Estado mais eficiente” e que é preciso mudar a lógica do baixo estímulo para que o “servidor público trabalhar e ser mais produtivo”. “O incentivo para ele (funcionário público) trabalhar e baixo. Então, se você precisa fazer algo, tem de contratar mais” e “isso só faz com que a máquina pública só cresça, de forma completamente descolada da eficiência, da produtividade, do bom serviço”. Por isso, prossegue a secretária da Fazenda, a privatização é, “em primeiro lugar, uma forma de resolver problemas de um modelo fadado à ineficiência”.