Rio seguirá plano nacional e deve começar a vacinar em janeiro, diz Paes
Prefeito da "Cidade Maravilhosa" anunciou cronograma ao lado do governador fluminense em exercício, Cláudio Castro (PSC)
Com uma das piores taxas de mortalidade por Covid-19 no Brasil, o Rio de Janeiro seguirá o plano nacional de imunização e deve começar a vacinar seus habitantes em janeiro, segundo os governantes do estado e da capital. O cronograma foi anunciado neste domingo (3) em encontro do novo prefeito carioca, Eduardo Paes (DEM), com o governador fluminense em exercício, Cláudio Castro (PSC).
Segundo Paes, o Rio acompanhará o ritmo que será divulgado nesta segunda (4) pelo ministro da Saúde, Eduardo Pazuello. A Anvisa, até aqui, ainda não deu aval para que nenhuma das vacinas já aplicadas em outros países seja usada no Brasil. No sábado (2), aprovou pedido da Fiocruz, que é baseada no Rio, para importar duas milhões de doses do imunizante de Oxford.
O Ministério da Saúde entregou ao Supremo Tribunal Federal (STF) um documento com o plano nacional de vacinação contra o coronavírus, mas o texto não estipulava uma data para o início da imunização.
Castro disse que o Rio estaria “100% preparado” caso a campanha de vacinação começasse nesta semana. Disse também que, “se Deus quiser, estamos entrando na fase final” da pandemia e que, “até o meio do ano, a gente vai ter vida normal para a população, graças à vacina”.
Paes afirmou que a imunização pode começar no dia 20 de janeiro, o que seria “uma bela homenagem a São Sebastião”, padroeiro da cidade. A data chegou a ser ventilada pela pasta federal da Saúde, mas ainda não foi confirmada.
A ideia, segundo as autoridades municipal e estadual, é começar a campanha priorizando vacinando 2,6 milhões de cariocas. Seria a primeira de quatro etapas, que prevê atingir profissionais de saúde, pessoas a partir de 75 anos ou que vivam em asilos, indígenas e quilombolas.
Até sábado (2), a capital fluminense acumulava 166 mil pacientes diagnosticados com o vírus e 15 mil mortes, segundo a Monitora Covid, ferramenta da Fiocruz.
O Rio ganhará 150 leitos na rede particular, sendo 50 na UTI, e por eles a prefeitura pagará uma diária de R$ 2.400. Também abrirá 193 leitos municipais. A cidade tem cerca de 1.800 vagas para tratar o coronavírus.