STF

Roberto Jefferson pode receber advogados de defesa na prisão

Mandado de prisão só permitia visitas com autorização do Supremo

Foto: Valter Campanato - Agência Brasil

O ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Alexandre de Moraes disse, ainda na segunda (24), que Roberto Jefferson (PTB) poderá receber advogados de defesa na prisão. O ex-deputado federal foi preso no domingo (23) após atirar e jogar granadas contra a Polícia Federal. Ele está detido no Rio de Janeiro.

O mandado de prisão, contudo, restringia o contato do petebista com os advogados e também com familiares e líderes religiosos. Segundo o texto, as visitas só ocorreriam com autorização do Supremo.

“FICA O DENUNCIADO PROIBIDO de conceder qualquer entrevista ou receber quaisquer visitas no estabelecimento prisional, salvo mediante prévia autorização judicial por este SUPREMO TRIBUNAL FEDERAL, inclusive no que diz respeito a líderes religiosos, familiares e advogados”, diz o mencionado trecho.

Na segunda, todavia, Moraes disse que a decisão não incluía os advogados de defesa. Ele foi motivado por questionamento da OAB. “Obviamente, a decisão não se refere aos advogados do réu, regularmente constituídos e com procuração nos autos”, apontou.

Confira o despacho AQUI.

Relembre

No domingo, a Polícia Federal foi ao interior do Rio de Janeiro para cumprir mandado de prisão contra Roberto Jefferson. O político estava em prisão domiciliar, mas dias antes teve vídeo divulgado pela filha Cristiane Brasil em que ofendia a ministra do STF Cármen Lúcia. O mandado foi emitido por Alexandre de Moraes.

O ex-deputado, então, disparou com um fuzil 5.56 mm e atirou três granadas contra os agentes que foram até sua casa. O delegado da Polícia Federal (PF), Marcelo Villela, e a agente Karina Oliveira, foram feridos com estilhaços das bombas e precisaram de atendimento médico.

Karina teve ferimentos no rosto e na coxa, onde levou pontos, e tem estilhaços de granada no quadril. Por causa dos ferimentos, a agente precisará ficar cinco dias afastada do trabalho. A policial contou que chegou a perder os sentidos. Já o delegado Marcelo Villela foi ferido na cabeça no momento em que tentava socorrer a policial.

A ação teve início no começo da tarde de domingo. Jefferson, contudo, só se entregou à noite. O presidente Bolsonaro enviou o Ministro da Justiça para o local.

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