Robinho joga futebol com chuteira emprestada por detentos em Tremembé (SP)
Ex-jogador foi condenado a nove anos de prisão por estupro coletivo
VIA O GLOBO – Na Penitenciária 2 de Tremembé, um grupo de detentos avisou ao ex-jogador Robinho, atualmente preso por estupro, que ele estaria escalado na partida de futebol entre os internos, agendada para o domingo de Páscoa. Os presidiários perguntaram a numeração da chuteira do ex-atleta e o levaram até um campo de terra batida, onde ocorreu a estreia de Robinho em Tremembé, com funcionários e detentos na plateia.
Ainda conforme a reportagem, Robinho participou de disputas de bola mais acirradas, e empregou dribles como caneta, chapéu e as famosas pedaladas. Condenado a nove anos de prisão por estupro coletivo cometido na Itália, em 2013, o ex-jogador supostamente compartilha uma cela de oito metros quadrados no pavilhão 01, com um homem de 22 anos suspeito de “induzir ou instigar alguém a suicidar-se ou a praticar automutilação”.
Na cadeia, Robinho se alimenta como os outros presos, mediante o cardápio geral da Secretaria de Administração Penitenciária. Sua cela conta com um vaso sanitário, pia e uma cama.
No próximo domingo, ele espera receber visitas dos filhos e da esposa, com chances de serem entregues itens pessoais e alimentação pelos parentes.
Complexo penitenciário de Tremembé
O presídio fica a 130 km de distância da capital paulista, o complexo penitenciário de Tremembé. O recinto já abrigou figuras marcantes de alguns dos crimes mais chocantes da história do Brasil, como Alexandre Nardoni, Cristian Cravinhos, Gil Rugai e Lindemberg Alves.
Com capacidade para 408 pessoas, a maioria dos presos possui ensino médio ou nível superior completo. A prisão é considerada uma das mais controladas, com menos presos e por não receber pessoas ligadas a facções criminosas.
Conhecida como Tremembé 2, a penitenciária Doutor José Augusto Salgado, na região do Vale do Paraíba, recebe pessoas envolvidas em casos com grande repercussão nacional. Além deles, também são encaminhados os condenados por crimes de estupro. O local recolhe, ainda, ex-agentes penitenciários e ex-policiais.