Ronaldo Caiado (DEM) defende união de prefeitos e governadores pela reforma
Caiado afirmou que é tarefa das três esferas federativas "reconstruir" o País e destacou que governos estaduais e prefeituras já se encontram em "condições de ingovernabilidade"
O governador de Goiás, Ronaldo Caiado (DEM), defendeu, em artigo à Folha de S.Paulo neste domingo, 28, que governadores e prefeitos devem ter protagonismo na defesa da reforma da Previdência, independentemente da posição ideológica. Caiado afirmou que é tarefa das três esferas federativas “reconstruir” o País e destacou que governos estaduais e prefeituras já se encontram em “condições de ingovernabilidade”.
“A reforma da Previdência e o ajuste fiscal, portanto, se impõem como emergências e para além das divergências, sejam quais forem Nesse sentido, não existem governadores ou prefeitos de oposição; todos estão na mesma situação, todos são governo, sócios da mesma crise, não importa a orientação ideológica ou o partido”, defendeu.
“Um governador do PT não está em melhor ou diferente situação da minha, que sou do DEM. As demandas e urgências são as mesmas. Como tal temos de compartilhar soluções, encontrar caminhos comuns, em sintonia com o governo federal”, completou no fim do artigo.
Segundo Caiado, excluir os representante do Executivo estadual e municipal do contexto da reforma, como se cogitou na Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) da Câmara, indica uma forma “simplória de fragmentar esforços e enfraquecer a unidade contra a crise”.
Nesse sentido, o governador de Goiás sugeriu que os deputados, se entenderem que pode facilitar o processo, proponham emendas para permitir que os governadores e prefeitos comecem suas próprias reformas sem terem de esperar pela que tramita na esfera federal.
“O Congresso, por óbvio, é o âmbito dessa discussão, mas nós, que temos responsabilidade governativa, não podemos ter postura passiva diante desse debate.”
No artigo, Caiado ainda saiu em defesa do governo de Jair Bolsonaro, dizendo que o presidente iniciou seu mandato cuidando dos dois “flancos” mais vulneráveis do País: a segurança pública e a economia.