Violência

Roubo de celular leva à prisão de envolvido em sequestro e morte de idoso

Maurício Magalhães Campos, 26, que fazia assaltos a mão armada na Região Sul da capital, era o único foragido da quadrilha que aplicava golpes em idosos

Um assalto no Setor Oeste na última quinta-feira (10) levou à prisão Maurício Magalhães Campos, de 26 anos, único foragido da quadrilha desarticulada em janeiro do ano passado depois aplicar golpes “boa noite, Cinderela” em idosos. Um deles, o pedreiro aposentado Francisco Marinho Villas Boas, de 64 anos, morreu após espancamento e ingestão de medicamentos dados pelos criminosos para forçá-lo a fornecer a senha bancária, o que permitiu ao bando roubar R$ 14,6 mil da conta da vítima.

Desde esse crime, Maurício havia sido detido outras duas vezes. Uma pela Guarda Civil Metropolitana (CGM) no dia 06 de maio deste ano depois de ser reconhecido por uma vítima como autor de um roubo de celular nas imediações do Parque Flamboyant, no Jardim Goiás. Outra no dia 14 do mês passado, quando ele foi preso e indiciado pela venda de um iPhone 6 roubado por meio do site OLX. Mas, ainda assim, Maurício estava solto.

Maurício, Pollyanna de Jesus, Edvaldo Fernandes da Costa e Alexon Nery Ferreira são acusados de, desde 2008, aplicar golpe “boa noite, Cinderela” em Goiânia e Itumbiara para roubar dinheiro de idosos. Maurício, que teria comprado de Alexon o cartão bancário e a senha do idoso e os vendido para Edvaldo, que conseguiu fugir quando soube da prisão de Alexon.

Pollyana, que conheceu Francisco Marinho, morador de Palmeiras de Goiás, em um no Restaurante Cidadão, localizado no Centro de Goiânia, no dia 07 de janeiro de 2015, teria o seduzido e convencido o idoso a ir a Capital para se encontrar com ela na semana seguinte, no dia 15. No hotel, Pollyana teria dado bebida com medicamentos para a vítima.

De acordo informações da Delegacia Estadual de Investigações Criminais (Deic), o corpo do idoso ficou desaparecido até o dia 16. Ele foi encontrado com ferimentos na cabeça e conduzido ao Centro de Assistência Integrada à Saúde (Cais) Bairro Goiá, onde ficou por três dias, mas não resistiu.

Segundo o delegado Kléber Leandro, a suspeita é de que Francisco tenha sido agredido depois que a família, preocupada com o desaparecimento do idoso, acionou a polícia e bloqueou a conta bancária que estava sendo movimentada por Maurício, Alexson e Edvaldo.

O grupo, de acordo com a polícia, ainda teria feito outra vítima grave: Francisco Pereira do Nascimento, morador de Itumbiara. Ele chegou a ser internado na Unidade de Terapia Intensiva (UTI) depois da ação dos acusados, que roubaram R$ 1,5 mil dele.

Os envolvidos respondem pelos crimes de roubo qualificado, sequestro e associação criminosa. Se condenados e as penas forem somadas, podem ficar de sete a 38 anos na prisão.