Agricultura

Safra de arroz: Expectativa de redução no preço do cereal

Entenda o momento do mercado para produtores e consumidores de Goiás e do Brasil

Em março, a região central do Brasil dá início à colheita do arroz, e nesta safra, com expectativa de aumento na produção do grão. No entanto, apesar das boas perspectivas, os preços para o consumidor final têm permanecido elevados.

Segundo dados da Companhia Nacional de Abastecimento (Conab), um quarto das lavouras de arroz no estado já foi colhido, com a maior parte em fase de desenvolvimento. Em Goiás, por exemplo, as lavouras estão em boas condições, com um crescimento de 64% na área plantada. A expectativa é que sejam colhidas 126.000 toneladas, 55% a mais que na safra anterior

Entretanto, mesmo com uma safra promissora, os preços do arroz para os consumidores continuam elevados. O Governo Federal, em resposta a essa situação, está antecipando uma queda de cerca de 20% nos preços do cereal a partir de abril. Essa expectativa foi reforçada após uma reunião do presidente Luiz Inácio Lula da Silva com ministros para abordar a alta dos preços dos alimentos aos consumidores, especialmente no final de 2023 e início de 2024.

O ministro da Agricultura e Pecuária, Carlos Fávaro, destacou que questões climáticas, como altas temperaturas e maior volume de chuvas em diversas regiões do país, sobretudo nos estados do Sul, influenciaram a produção de alimentos e os preços. “O Rio Grande do Sul produz praticamente 85% do arroz consumido no Brasil e tivemos enchentes no Rio Grande do Sul exatamente nas áreas produtoras, o que deu certa instabilidade. O fato é que estamos com a colheita em torno de 10% no Rio Grande do Sul e os preços aos produtores já desceram de R$ 120 para em torno de R$ 100 a saca. O que esperamos é que se transfira essa baixa dos preços, os atacadistas abaixem também na gôndola do supermercado, que é onde as pessoas compram”, disse.

“A gente espera, então, que com o caminhar da colheita, que chegamos a 50% e 60% nos próximos dias, da colheita de arroz, esse preço ainda ceda um pouco mais”, acrescentou Fávaro.

Esses fatores, juntamente com os custos de produção e a logística de distribuição, podem estar contribuindo para manter os preços do arroz em patamares elevados, apesar da perspectiva de uma safra abundante.