ATOS GOLPISTAS

Saiba quem é Celina Leão, bolsonarista goiana que assumiu o governo do DF após o afastamento de Ibaneis

Nascida em Goiânia, Celina Leão tem 45 anos é pós-graduada em administração de empresas. É bolsonarista e reconheceu vitória de Lula

A bolsonarista goiana Celina Leão (PP) assumiu o governo do Distrito Federal (GDF) após o afastamento de Ibaneis Rocha (MDB), que ocorreu por determinação do ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF). A Suprema Corte suspendeu os poderes de Ibaneis por suposto envolvimento nos atos golpistas e criminosos desencadeados por bolsonaristas extremistas que culminaram na destruição dos prédios dos Três Poderes, em Brasília, no domingo (8).

Nascida em Goiânia, Celina Leão tem 45 anos e é pós-graduada em administração de empresas. Foi eleita vice-governadora do Distrito Federal na chapa de Ibaneis ainda no primeiro turno da eleição de 2022. Apesar de apoiadora de Bolsonaro, ela condenou os ataques de golpistas bolsonaristas. “Democracia não é a invasão e dilapidação do patrimônio público! Inadmissível a invasão aos poderes da república” (sic), publicou nas redes sociais.

A governadora em exercício do DF também reconheceu a vitória do presidente Lula nas urnas. “Sou uma democrata . Aceitarei sempre os resultados das urnas. A derrota não é o final de uma história, sempre será uma vírgula! O Brasil espera o melhor de nós!”, escreveu.

Antes de assumir o cargo de vice-governadora neste ano, Celina Leão atuou como deputada federal pelo DF, também pelo PP, entre 2019 e 2022. No entanto, ela se licenciou do mandato por sete meses, quando assumiu a Secretaria de Esporte e Lazer do Distrito Federal, no primeiro mandato de Ibaneis.

Celina Leão também atuou na eleição de Arthur Lira (PP) para presidente da Câmara dos Deputados.

Afastamento

A decisão de afastamento de Ibaneis ocorreu horas depois dos atos terroristas que culminaram na depredação dos prédios dos Três Poderes. Demora da reação de agentes da Polícia Militar do DF (PMDF) é destacada na imprensa internacional como conivência da força de segurança com os atos golpistas.

“Conforme amplamente noticiado pela imprensa nacional, circunstâncias que somente poderiam ocorrer com a anuência, e até participação efetiva, das autoridades competentes pela segurança pública e inteligência”, ponderou Alexandre Moraes na decisão.