Suspeito

Saiba quem é o professor suspeito de arquitetar sequestro de empreiteiro no DF

No Instagram, com quase 7 mil seguidores, ele se apresenta como educador parental e professor de musicalização para crianças com deficiência e neurodivergências

O professor de musicoterapia infantil, Benevaldo Barbosa Novais (de 39 anos), é suspeito de arquitetar e executar o sequestro contra o empreiteiro Daniel Carvalho da Silva (de 31 anos), desaparecido desde o dia 26 de outubro, depois de sair de uma igreja em Taguatinga (DF). Segundo a polícia, ele é considerado como uma pessoa acima de qualquer suspeita.

A Polícia Civil prendeu Bené (como é conhecido por pessoas próximas) no começo de novembro. As investigações mostraram que ele orquestrou o crime, se passou pela vítima para enganar a família e, provavelmente, o matou e enterrou. Além dele, mais duas pessoas também estão presas e um suspeito segue foragido.

O professor, ao ser questionado pela polícia, negou ter participado do crime. Durante os depoimentos, Benevaldo afirmou que apenas “tentou ajudar” Daniel a fugir de agiotas.

No Instagram, com quase 7 mil seguidores, ele se apresenta como educador parental e professor de musicalização para crianças com deficiência e neurodivergências. Também é pedagogia e, na sua rede social, posta fotos e vídeos do trabalho prestado.

O crime

Daniel Carvalho morava em Samambaia e saiu de casa para ir à igreja. De lá, ele se encontraria com a ex-companheira. Eles estavam separados, mas buscavam uma reconciliação.

As investigações mostram que após sair da igreja, ele teria sido seguido por um carro de cor vermelha, que colidiu contra a caminhonete que ele dirigia para forçar uma parada. Após parar o veículo, ele foi abordado por três assaltantes, colocado no interior do veículo e levado para um local ainda desconhecido pelos investigadores – a polícia, porém, acredita que seja um cativeiro.

Em 28 de outubro aconteceu o último envio de um mensagem de áudio para familiares de Daniel. Conforme as investigação, nesse período foram feitas diversas transações via PIX para diferentes contas até que o limite fosse excedido. Os suspeitos também teriam feito compras no cartão de crédito da vítima.

A polícia aponta que a partir daí o principal suspeito do crime passou a utilizar o celular de Daniel, passando-se por ele para enganar a família e para pedir dinheiro a amigos. Nas mensagens, o sequestrador convencia os parentes a não procurarem a polícia.

Plano

As apurações apontam que o professor dificultou as investigações, planejou todo o crime e tentou fazer com que a família acreditasse que o empreiteiro tinha desaparecido por vontade própria, porque estaria devendo a agiotas.

Além das transações e compras, Benevaldo organizou a mudança dos móveis da casa do empreiteiro, de Samambaia para uma residência no Novo Gama.

Um motorista de caminhão de frete foi contratado para o serviço como forma de ratificar o esquema montado e fazer com que os parentes acreditassem que a vítima queria desaparecer por causa de dívidas de agiotas, o que era uma inverdade.

Vários móveis como: bebedouro, panelas e cadeiras, foram encontrados no Novo Gama e na casa de Rinaldo Márcio de Oliveira, foragido da polícia e suspeito de estar envolvido no crime. Segundo as investigações, esposa de Rinaldo chegou a ser presa por receptação na época, pelo fato dos móveis terem sido localizados na residência dela. Mas ela acabou liberada em audiência de custódia.

A polícia segue com a investigação para identificar as pessoas que receberam dinheiro via PIX, mas acreditam que a vítima foi morta e enterrada em uma mata de Goiás.

Com informações do Correio Braziliense