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O presidente estadual do PMDB, Samuel Belchior, confirma a informação do deputado estadual eleito José Nelto de que o partido terá candidatura nos 246 municípios do Estado e passará por diversas transformações nas cidades goianas.
Samuel afirma que o PMDB, daqui para frente, vai contar realmente com quem é do partido. Ele usa a metáfora do “gol contra” para indicar o que tem ocorrido na legenda quando peemedebistas optam em apoiar outras candidaturas.
Samuel teve seu mandato prorrogado até final de 2016 e uma das missões do dirigente é aumentar a participação da legenda na política dos municípios.
Desta forma, o partido começará a partir de agora a purificar a sigla. Conforme Belchior, já nos primeiros meses de 2016, o PMDB será outro.
Na solução dada ao diretório de Goiânia, com o afastamento de Mizair Lemes do comando do PMDB, o peemedebista garante que ocorreram coincidências. E que ainda é cedo para saber que posição o PMDB tomará no futuro quanto a relação com o PT, que é hoje de aliança no governo de Goiânia. “Não estamos nos posicionando para que o PMDB force uma decisão tendo em vista saber se mantém ou não se mantém uma aliança com a Prefeitura de Goiânia. Isso é uma atitude que precisa ser bem pensada. Não existe meio termo. Ou o partido toma ou não. Por isso que tem que ter calma”.
Samuel tem falado que o PMDB necessita de uma nova ordem, mas sem citar políticos que precisam ser afastados dos diretórios. “Mas é preciso seguir a legenda”. Samuel diz que quem deseja ir contra alguma questão política e desobedece o partido deve ser afastado por infidelidade – seja o PMDB ou outra legenda.
O presidente estadual tem afirmado que a legenda não deseja gastar forças nem energia com prolongados processos de expulsão dos políticos infiéis. Mas deixa claro que o caso Júnior Friboi provocou desgastes no partido. “Júnior Friboi errou ao expor o PMDB publicamente”, diz. S amuel se refere aos atritos que envolveram Iris Rezende e Friboi nas eleições deste ano. Após o choque com o líder peemedebista, Friboi optou em tornar claro que não apoiava Iris Rezende.
ÉTICA
Samuel considera este equívoco um dos graves erros da legenda durante as eleições de outubro. Ele diz que não pretende interferir na decisão quanto à permanência de Friboi no PMDB, deslocando a competência para a Comissão de Ética do partido.
O dirigente do partido informa que a Comissão de Ética do PMDB vai se posicionar sobre este e outros temas no primeiro semestre de 2015.
Samuel tem adotado tom semelhante aos demais peemedebistas em ascensão (Bruno Peixoto, José Nelton, Paulo Borges, dentre outros) quanto a manutenção de alianças. Ele repete o que já tem sido dito por José Nelto, quanto a postura da legenda, que é de oferecer governabilidade na Capital.
O presidente alerta que o prazo final para as definições será outubro de 2015, quando os candidatos já estarão filiados nos respectivos partidos. Até lá a regra é apaziguar as crises e sanear o partido.