São Paulo flexibilizará quarentena, mas não em zonas de risco
Governo paulista apresentou nesta quarta-feira um plano para flexibilizar as medidas de restrição para o setor econômico a partir de 11 de maio
O governador de São Paulo, João Doria, apresentou nesta quarta-feira um plano para flexibilizar a quarentena contra o coronavírus no estado a partir de 11 de maio. A programação valerá para atividades econômicas e começará por regiões menos afetadas pela Covid-19 e setores econômicos com menor risco de contaminação. Doria destacou que o retorno será “gradual, heterogêneo e de forma segura”.
— Quem determina nossos passos são a saúde e a medicina — afirmou o governador.
O estado está sob regime de isolamento social desde 24 de março. A taxa de isolamento social registrada no estado e na capital paulista na terça-feira, feriado de Tiradentes, foi de 57%.
Para promover a redução da quarentena, o governo vai classificar os 645 municípios do estado em zonas vermelha, amarela e verde. Será com base nessa escala de risco que a suspensão da quarentena será aplicada.
Segundo a secretária de Desenvolvimento Econômico, Patrícia Ellen, esse monitoramento será realizado nas próximas duas semanas, enquanto todo o estado, sem exceção, continuará em isolamento social.
A suspensão do isolamento social está condicionada a circunstâncias de evolução da pandemia nos próximos 15 dias e não prevê, em uma primeira fase, um retorno do funcionamento de escolas.
— Ninguém falou aqui que não teremos mais quarentena a partir de 10 de maio. Teremos o plano São Paulo — disse Doria, referindo-se ao programa de reabertura progressiva da atividade econômica.
— Em São Paulo não tem nenhum tipo de improviso ou pressão aceita pelo governador — completou o vice-governador, Rodrigo Garcia, num recado a prefeitos que, unilateralmente, estão anunciando flexibilização da quarentena para o comércio local.