Semana Santa

Sardinha e bacalhau são campeões de aumento

// A média do aumento do preço do pescado apurado em pesquisa realizada pelo Procon…


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A média do aumento do preço do pescado apurado em pesquisa realizada pelo Procon Goiás na véspera da Semana Santa foi de 6,75%. O índice, inferior ao IPCA do período, 7,7%, pode levar à impressão enganosa de que o peixe está mais barato. Não está. O alerta é do gerente de Pesquisa e Cálculo do órgão, Gleidson Tomaz. Ele explica que os itens de maior procura, como a sardinha e o bacalhau, tiveram variações muito superiores à inflação dos últimos 12 meses. Foram reajustados em 38,53% e 26,50%, respectivamente.

Para economizar, o gerente recomenda gastar a sola do sapato. Pesquisar e aproveitar as promoções pode render uma economia de até 283,96%. Essa foi a variação de preço constatada pela pesquisa no pacote de 1 kg de tilápia. Num estabelecimento, o preço era de R$ 9,35; noutro, de R$ 35,90.

Clique aqui e veja a planilha dos locais pesquisados pelo Procon Goiás

Gleidson reforça ainda a importância de o consumidor avaliar cuidadosamente a qualidade do pescado. Adquirir o produto antecipadamente pode gerar uma boa economia, com a ressalva de que o armazenamento deve ser cuidadoso. Quanto mais próximo da Sexta-Feira Santa, maior a chance de os preços se elevarem.

Na pesquisa, o Procon Goiás visitou 19 estabelecimentos de Goiânia, dez supermercados e nove peixarias, verificando os preços de 41 tipos de pescados como camarão, caranha, dourada, lambari, pintado, sardinha, tucunaré, bacalhau etc., para demonstrar aos consumidores as grandes variações de preços e os cuidados na hora de adquirir esses produtos.

Com 14,58% de aumento médio anual, o preço médio do quilo da caranha era vendido a R$ 10,16 em março de 2014 e, hoje, custa em média, R$ 11,64. Dentre os poucos produtos que registraram redução no preço médio, está o quilo do filé de merluza, com redução de -2,25%. O quilo da sardinha, que foi o produto que registrou o maior aumento, também registrou uma grande variação nos preços praticados entre os estabelecimentos da capital, podendo ser encontrado de R$ 6,90 a R$ 24,90, variação de 260,87%.

Já o quilo do pintado foi encontrado ao menor preço de R$ 12,90, enquanto o maior preço encontrado chegou a R$ 38,69, variação de 199,92%. A variação de preços do quilo da Dourada foi de 98,45%, com preços oscilando entre R$ 18,09 e R$ 35,90. O quilo da caranha teve preços oscilando entre R$ 7,99 e R$ 15,90, variação de 99%. Já o quilo do camarão rosa “G” (limpo) foi encontrado ao menor preço de R$ 39,90 e o maior a R$ 139,00, variação de 248,37%.

Para avaliar a qualidade do peixe não industrializado é necessário verificar se a carne está firme, olhos salientes e brilhantes, guelras avermelhadas e escamas que não soltem facilmente. Uma leve pressionada com o dedo na barriga do peixe deve fazer com que o formato original volte rapidamente, caso contrário, pode ser um sinal de que o peixe não esteja adequado ao consumo.

Outro detalhe a ser verificado na venda desses produtos em feiras livres é atentar para a conservação do peixe, que deve estar coberto e envolto de gelo picado. Ainda nas feiras livres, ao analisar a aparência do peixe, leve-o para fora da barraquinha pois, os toldos vermelhos, com a incidência do sol, podem maquiar a cor do peixe.

Com relação aos produtos adquiridos de forma industrializados (congelados), deve ser verificado se há sinal de umidade no chão próximo do freezer. Caso isso seja percebido, pode ser sinal de que o freezer foi desligado ou teve sua temperatura reduzida durante a madrugada, podendo comprometer a sua qualidade. Os produtos congelados só devem ser adquiridos se estiverem com o selo do serviço de inspeção.