Saúde cita miocardite para justificar intervalo maior entre doses para crianças
Anvisa havia recomendado 21 dias de intervalo; Regras divulgadas pelo Ministério estima prazo de oito semanas
A secretária extraordinária de Enfrentamento à Covid-19, Rosana Leite de Melo, justificou em coletiva de imprensa nesta quarta-feira (5), que a necessidade de um intervalo maior entre aplicação da primeira e segunda dose em crianças de 5 a 11 anos é o risco de miocardite – comprovadamente raro. O Ministério da Saúde incluiu o público infantil no plano de vacinação e divulgou as regras para a imunização desse grupo.
“Temos um benefício maior, é muito melhor para qualquer indivíduo que o intervalo se amplie. Serve pra crianças e adultos. As crianças têm risco, pequeno, de miocardite e queremos que esse risco seja o menor possível”, afirma.
O prazo indicado pelo Ministério da Saúde é maior que o recomendado pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) para a aplicação das doses para o público infantil. A Anvisa sugeriu 21 dias, e a pasta decidiu adotar oito semanas.
Regras para vacinação infantil contra covid
– A vacinação será feita em ordem decrescente de idade, ou seja, das crianças mais velhas para as mais novas, com prioridade para quem tem comorbidade ou deficiência permanente.
– A autorização por escrito só será necessária se não houver pai, mãe ou responsável presente no momento em que a criança for vacinada. O Ministério da Saúde orienta que os pais “procurem a recomendação prévia de um médico antes da imunização”, mas não exigirá receita médica.
– O intervalo entre a primeira e a segunda dose será de oito semanas. Leia mais.