Após 32 casos, Secretaria da Saúde nega epidemia de H1N1, em Goiás
Os casos confirmados de H1N1 foram registrados em Trindade, Goiânia, Anápolis, Aparecida de Goiânia, Caturaí, Hidrolândia e Jaupaci
A Secretaria Estadual de Saúde de Goiás (SES-GO) reforçou nesta terça-feira (27) que não há epidemia de H1N1 em Goiás. No boletim de monitoramento foram registrados 32 casos de Síndrome Respiratória Aguda Grave (SRAG) pelo vírus Influenza A H1N1, com duas mortes confirmadas em Trindade.
Os 32 casos confirmados de H1N1 foram registrados em diversas cidades do Estado. Sendo 14 em Goiânia, dez em Trindade, três em Aparecida de Goiânia, dois em Jaupaci, um em Anápolis, um em Caturaí e um em Hidrolândia. De acordo com a médica da SES-GO, Samanta Furtado, ainda não é possível caracterizar o número de casos como epidemia pois estão dentro do número esperado nessa época do ano em Goiás.
Segundo dados preliminares divulgados pelo Ministério da Saúde, o que ocorreu na Vila São José Bento Cottolengo foi um surto isolado. Foi realizado um estudo para identificar o agente causador da doença e propor medidas preventivas. Após o estudo, foram efetivadas as medidas essenciais, como a vacinação dos internos e funcionários, o isolamento dos pacientes com sintomas da doença, uso de equipamentos de proteção individual e condutas de higienização.
A médica explicou que o agravamento da gripe depende do organismo de cada pessoa. “Aquela pessoa que tem fator de risco, alguma doença de base, e está gripada, deve procurar assistência médica quando tiver febre, mal estar, dor de garganta. Aquela pessoa que é saudável, que está gripada, deve manter repouso e se perceber retorno da febre, aumento de dor no corpo e desconforto respiratório, também deve procurar ajuda médica”, orientou.
Vacinação
Segundo Samanta, alguns pacientes apresentam um risco maior de complicações ao serem infectados pelo vírus Influenza. Por isso, eles fazem parte do grupo prioritário definido pelo Ministério da Saúde para receber a vacinação contra o vírus.
Fazem parte do grupo prioritário os portadores de doenças pulmonares crônicas, os cardiopatas, os portadores de doenças metabólicas crônicas, como a diabetes e os imunodeficientes ou portadores de imunodepressão. Além das crianças com menos de 5 anos, as grávidas ou mulheres até 45 dias pós-parto, os adultos com mais de 60 anos, e os portadores de doenças renais.
A cada ano, a Organização Mundial da Saúde (OMS) indica as cepas que deverão ser utilizadas para produção de vacinas contra vírus da gripe em circulação. Em 2018, as vacinas contra influenza combaterão três tipos de vírus: Influenza B, H3N2 e H1N1. A Campanha Nacional contra Influenza começará no dia 16 de abril e vai até o dia 25 de maio.
Medicamentos
Os medicamentos para Influenza disponibilizados são as diferentes apresentações de Fosfato de Oseltamivir, que são adquiridos pelo Ministério da Saúde e repassados aos estados. De acordo com a coordenadora do componente estratégico da assistência farmacêutica da SES-GO, Viviane Troncha, o Estado possui um estoque de aproximadamente 80 mil cápsulas nas diferentes apresentações do medicamento.
“A Rede Pública possui estoque suficiente para atender a população, conforme protocolo do Ministério da Saúde, mediante apresentação da receita médica”, garantiu. Ela explicou ainda que o medicamento deve ser tomado até 48 horas após o início dos sintomas, entretanto só é possível ter acesso mediante prescrição médica.
*Juliana França é integrante do programa de estágio do convênio entre Ciee e Mais Goiás, sob orientação de Thaís Lobo