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O modelo Nanna, da marca de berços Burigotto, foi proibido no mercado após uma bebê de seis meses morrer sufocada enquanto dormia. O caso aconteceu em fevereiro de 2015, em São Lourenço (MG).
A criança caiu no vão que existia entre o colchão e a lateral do berço-portátil e morreu asfixiada. Após o registro do caso, o Inmetro (Instituto Nacional de Metrologia, Qualidade e Tecnologia) reavaliou o produto e decidiu suspender a venda por conta da falta de segurança.
Após checagem, o Instituto chegou à conclusão de que, ao colocar um colchão no berço, sobra um espaço entre as laterais, característica que pode prejudicar a segurança dos bebês.
“Como o colchão não acompanha o berço, é algo que deve ser adquirido separadamente, não foi possível se observar antes do relato da consumidora que a falta de especificação sobre as dimensões corretas do colchão provoca um espaço em que a criança, deitada para baixo, não consegue respirar” disse Marcelo Monteiro, chefe da Divisão de Fiscalização e Verificação da Conformidade do Inmetro ao portal O Globo.
Em nota, a marca declarou que é autorizada a produzir e vender o berço e não tem nenhum conhecimento sobre registros de acidentes envolvendo o produto. Mas que, no entanto, após determinação do Inmetro, está recolhendo o item do mercado.
Em maio, depois dos registros de acidentes, uma nova portaria para berços-portáteis foi publicada. A determinação é de que os novos produtos não tenham espaçamento lateral superior a 30mm, mesmo se for feito de produtos flexíveis (tela, plástico, tecido). Além disso, as dimensões do colchão precisam ser especificadas no manual do produto. Todas as marcas que produzem berços semelhantes serão analisadas novamente.
Os produtos não vendidos serão retirados do mercado. Já os consumidores devem entrar em contato com a empresa através dos telefones (19) 3404-2000 ou (19) 3701-7700.