COLUNA DO JOÃO BOSCO BITTENCOURT

Caiado faz apelo pela vacinação infantil e alerta contra desinformação

Governador cobra dos pais compromisso com a saúde dos filhos

Caiado: "Sejamos responsáveis" (foto divulgação)

O governador Ronaldo Caiado (União Brasil) fez um apelo enfático pela vacinação nesta segunda-feira (11), destacando a urgência de manter a caderneta de vacinação em dia, especialmente entre crianças e adolescentes. Durante a inauguração das novas instalações do Centro de Mídias do programa GoiásTec, em Goiânia, Caiado cobrou dos pais o compromisso com a saúde dos filhos. “Sejamos responsáveis”, pediu o governador, ressaltando que a imunização é essencial para a proteção contra doenças evitáveis.

Médico, Caiado fez questão de refutar desinformações sobre vacinas e destacou a importância da ciência. “Faço um pedido encarecido a vocês. Não é possível que nós, brasileiros, que sempre fomos referências, estejamos distantes de vacinar todas as nossas crianças. Por favor! Eu sou médico, então não acreditem nessas opiniões totalmente fora de contexto da ciência, em dizer que a pessoa, ao se vacinar, terá uma coisa ou outra. Que absurdo! Cada pai deve responder pela saúde de seus filhos”, declarou, citando o aumento de casos e mortes por doenças preveníveis em Goiás.

Dados da Secretaria de Estado da Saúde (SES) revelam um cenário alarmante: os casos de Síndrome Respiratória Aguda Grave (Srag) por Influenza subiram de 608 em 2023, para 768 em 2024, com um aumento de 47% nos óbitos, passando de 68 para 100. Crianças de 2 a 9 anos estão entre as vítimas, o que torna ainda mais urgente o alcance da cobertura vacinal, que atualmente está em apenas 46% para a gripe, muito abaixo dos 90% recomendados pelo Ministério da Saúde. 

A vacina contra a influenza é oferecida anualmente em campanhas e está disponível em mais de 900 salas de vacinação em Goiás. A situação é semelhante com a vacina Pneumo 10, que previne a pneumonia e é parte do Calendário Nacional de Vacinação. Em 2024, embora a cobertura para a Pneumo 10 tenha subido para 81%, ainda está aquém da meta do Ministério da Saúde, enquanto 717 crianças precisaram de internação devido à pneumonia neste ano.