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As gêmeas Maria Clara e Maria Eduarda finalmente receberão alta médica nesta quarta-feira, dia 30, às 9h30. Elas ficaram 35 dias internadas no Hospital Materno Infantil (HMI), alternando a permanência entre a Unidade de Terapia Intensiva (UTI) Pediátrica e a Clínica de Pediatria.
Para os pais Denise Borges e Caíque Santana, “poder carregá-las separadamente é algo único. Uma sensação muito boa. Não vemos a hora de irmos para Salvador (BA) e encontrar o resto da nossa família”.
As meninas ainda devem ficar em Goiânia nos próximos dias. Segundo o cirurgião pediátrico Zacharias Calil, a ferida cirúrgica de Maria Eduarda já está bem cicatrizada; porém, a de Maria Clara ainda precisa de mais cuidados.
“As gêmeas e a família ficarão hospedadas na Casa do Interior por alguns dias, para acompanharmos de perto a cicatrização cirúgica de Maria Clara e a evolução do quadro clínico das meninas”, destacou Calil.
A Casa do Interior pertence à Organização das Voluntárias de Goiás (OVG), onde a família está hospedada desde o início do monitoramento clínico das gêmeas em Goiânia.
Histórico
As gêmeas chegaram em Goiânia no dia 13 de julho último, acompanhadas pelos pais Denise e Caíque, para serem monitoradas pela equipe multiprofissional do HMI.
Unidas pelo abdômen, elas foram separadas no dia 9 de setembro passado, por uma equipe de 15 profissionais, entre cirurgiões pediátricos, anestesistas, ortopedistas, médicos intensivistas, cirurgiões plásticos, cirurgiões vasculares, pediatras, enfermeiros, cardiologista, entre outros.
Durante a operação, que durou aproximadamente seis horas, Zacharias Calil percebeu que além de dividirem o fígado, como já se sabia, as gêmeas também dividiam uma membrana do coração. O procedimento aconteceu conforme o planejado e sem nenhuma complicação.