Câmara Municipal

Secretária da Saúde diz que serviços só serão normalizados em 2019

Fátima Mrué disse que algumas melhorias poderão ser vistas no ano que vem. Segundo ela, situação em 2017 é reflexo do planejamento da gestão anterior

A Comissão Especial de Inquérito (CEI) que apura irregularidades no serviço de saúde no município ouviu, nesta segunda-feira (18), a secretária Fátima Mrué sobre questões levantadas durante depoimentos e diligências feitas pelos vereadores. A secretária afirmou que os serviços só serão normalizados em 2019, mas algumas melhorias poderão ser vistas a partir do ano que vem. Segundo ela, a situação da Saúde em 2017 é reflexo do planejamento feito pela gestão anterior.

A secretária entregou ao presidente da CEI, Clécio Alves (PMDB), os documentos solicitados sobre a “Máfia do Samu” e os repasses do Fundo Nacional de Saúde feitos à prefeitura. Ela se negou, no entanto, a fornecer a gravação da visita feita a Celina Lopes, depois que a paciente arrancou dois dentes com alicate, por falta de atendimento odontológico no município.

Fátima Mrué afirmou que a gravação foi feita com a concordância de Celina. O vereador Delegado Eduardo Prado (PV) alertou a secretária que ela não pode se negar a entregar a conversa. O vereador Jorge Kajuru (PRTB) apresentou, então, requerimento para busca e apreensão da gravação.

Questionada pela vereadora Cristina Lopes (PSDB) sobre os 374 profissionais da Odontologia que estão paralisados por falta de material, a secretária disse que não houve um mês sem atendimento odontológico em Goiânia. De acordo com ela, os insumos já chegaram e foram distribuídos para a maioria das unidades de saúde.

Leite vencido

Os vereadores também questionaram a secretária sobre as 450 latas de leite Pregomin, que foram encontradas no almoxarifado com data de validade vencida. Cada lata custa R$ 99,60, totalizando um prejuízo de R$ 44.820,00 ao município. Fátima Mrué disse que a informatização do sistema, que está sendo implantada, deve resolver os problemas de desperdício de produtos e medicamentos.

Diabéticos

A secretária municipal de Saúde garantiu que, a partir do ano que vem, não faltarão mais insumos para tratamento dos diabéticos em Goiânia. O problema da falta de insulina, segundo ela, já foi resolvido e os fornecedores devem repassá-la ao município em aproximadamente 30 dias.

Falta de médicos

A CEI ainda contrapôs afirmação da secretária de que não teria faltado médico nos CAIS do município neste domingo (17). O vereador Jorge Kajuru (PRTB) apresentou vídeo, no qual constatou ausência de profissionais em seis centros de atendimento. Fátima Mrué prometeu estudar as denúncias e disse que muitas vezes o atendente dos postos diz que não há médicos, mas que eles estão atendendo.

O diretor do Fundo Municipal de Saúde, Cássio Muriel da Silva, compareceu à CEI, mas foi dispensado, já que o depoimento da secretária se alongou muito. Ele deverá ser ouvido em outra oportunidade, ainda não definida pela comissão, que se reunirá novamente na próxima sexta-feira (22), às 8h30.