O Ibama (Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis) identificou e autuou seis pessoas envolvidas na captura, na tortura e na morte de um tubarão no litoral do Ceará.
Os suspeitos, que não tiveram as identidades divulgadas, responderão por maus-tratos. Além disso, todos foram intimados pela Delegacia de Crimes Ambientais do Ceará. Uma investigação em conjunto dos dois órgãos chegou até os responsáveis. As imagens e vídeos que viralizaram na redes sociais ajudaram a identificar os agressores.
Segundo o Ibama, as multas somadas chegam a R$ 4,3 mil. No entanto, se condenados por crime ambiental, podem cumprir de três meses a um ano de reclusão.
O tatuador Inocêncio Firmino curtia a praia com a família no dia da agressão. Passada a euforia de ver um tubarão no raso, segundo ele, veio um sentimento de revolta.
“As cenas foram impressionantes. Minha esposa tirou as crianças de perto. Aquele povo todo em cima do bicho, batendo e cutucando. Uma coisa muito triste”, disse ao UOL.
Para Firmino, a decisão da autuação do grupo foi justa. “Se não punir esse tipo de comportamento, vira corriqueiro. A gente tem que respeitar os animais. Todos eles têm uma função no ecossistema. O tubarão não saiu na areia perseguindo ninguém”, destacou.
Entenda o caso
No último domingo (14), um grupo de pessoas percebeu a aproximação de um tubarão na praia do Balbino, na cidade de Cascavel; Assista.
Em determinado momento, o grupo decidiu capturar o animal. Ele então foi tirado da água, o que deu início a uma sessão de tortura, com chutes e até pedaço de madeira introduzido na boca do bicho.
Depois de morto, o tubarão foi amarrado em um buggy e arrastado pela areia até um local onde foi retalhado e dividido.