Senador volta a dizer que atriz pornô está ligada a empresa que desqualificou kit covid

O senador Luiz Carlos Heinze (PP-RS) voltou a dizer, nesta quinta-feira (30), que uma atriz pornô trabalha em um escritório que teria financiado a publicação de um artigo que desqualifica o uso de medicamentos como ivermectina e hidroxicloroquina no combate à covid-19. O artigo foi publicado na revista médica The Lancet. Embora tenha mencionado a atriz pornô Mia Khalifa em depoimentos anteriores, hoje Heinze disse que nunca citou o nome dela.

“O caso da Lancet eu já citei aqui. Fui vítima de meme, porque eu citei uma empresa de uma atriz pornô financiando uma pesquisa em Harvard. Feita em 17 países, 662 hospitais, 93 mil pacientes. Pesquisa fraudulenta”. Enquanto Heinze falava, uma senadora dizia ao lado dele: “De novo isso?”. O senador Randolfe Rodrigues o interrompeu: “Sobre a presença da Mia Khalifa, todos nós estamos aqui advogando em favor [do depoimento dela] há muito tempo”.

Heinze continuou: “Respeito, senador. Respeito. Eu nunca falei Mia Khalifa. Eu falei de uma atriz pornô. Sugesfir é o nome da empresa. Agora eu pergunto: que interesse teria essa empresa em financiar uma pesquisa bilionária? Publicar na maior revista médica do mundo? Seguramente a Big Farma ou alguém que não tem interesse em tratamentos baratíssimos”.

A CPI da Covid ouve nesta quinta o empresário Otávio Fakhoury, que é investigado por financiar material de campanha do presidente Jair Bolsonaro não declarado à Justiça Eleitoral.