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Senadores desconfiam que golpistas tiveram treinamento policial

CPI que está sendo articulada deve se debruçar sobre organização e financiamento dos atos de vandalismo

Senadores que participaram da reunião de líderes nesta segunda-feira (9) desconfiam que os golpistas que depredaram o Congresso Nacional tiveram treinamento policial ou de outras forças de segurança.

“Houve uma ação organizada, orquestrada. É preciso verificar quem os orientou”, afirma o líder do PT, Paulo Rocha (PA).

Segundo ele, a CPI (Comissão Parlamentar de Inquérito) que está sendo articulada para investigar os atos antidemocráticos deve se debruçar sobre a organização dos atos de vandalismo e sobre o financiamento.

Questionando se o colegiado poderia avançar sobre parlamentares que tenham incentivado a ida de apoiadores do presidente Jair Bolsonaro (PL) para a Praça dos Três Poderes, ele defendeu não ser “o momento para isso”. Mas não descartou a responsabilização de Bolsonaro.

O presidente em exercício do Senado, Veneziano Vital (MDB-PB), esclareceu que a CPI, caso seja aberta, só será na próxima legislatura, que se inicia em fevereiro.

A cúpula do Senado e líderes partidários avançaram nas conversas para a instalação de uma CPI para investigar os responsáveis pelos ataques golpistas de domingo (8), em Brasília.

Integrantes da Casa afirmam que são grandes as chances de funcionamento da comissão a partir de fevereiro, depois da posse dos 27 senadores eleitos em outubro passado. Se a CPI fosse instalada antes disso, ela teria que ser encerrada ao fim da legislatura atual, em 1° de fevereiro.

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