Servidores da Saúde suspendem greve após acordo com o governo
Governo do Estado emitiu um ofício que responde as reinvidicações da categoria
Os servidores da Saúde suspenderam a greve na tarde desta quarta-feira (23) após 65 dias de paralização. A decisão foi feita em votação durante assembleia realizada hoje após a Secretaria de
Gestão e Planejamento (Segplan) e Secretaria Estadual de Saúde (SES) emitir um ofício que responde as reinvidicações da categoria.
Segundo o Sindicato dos Trabalhadores do Sistema Único de Saúde do Estado de Goiás (Sindsaúde), a categoria irá realizar uma nova assembleia no dia 9 de dezembro, onde eles irão avaliar os avanços das negociações. Caso o Governo não cumpra com o acordo, os servidores poderão optar pelo retorno da greve.
No documento enviado ao Sindsaúde, o Governo garante a manutenção da Lei 14.600/2003, sem alterações da gratificação por produtividade do servidores. Além disso, o Estado ainda acata a proposta de realizar um seminário para discutir os critérios de avaliação para a concessão do benefício.
No ofício, o Governo também assume que tem previsão orçamentária para o pagamento das datas-bases 2015 e 2016 e deve incluí-lo na Lei Orçamentária Anual para pagamento em 2017. Caso se concretize, este aumento representará até 18.99% de reajuste salarial. Já no que diz respeito às datas-bases de 2007 a 2010 , o Estado informou que aguardará a tramitação da ação judicial impetrada pelo Sindsaúde que está sob recurso especial no Tribunal de Justiça de Goiás.
Negociações
Uma Mesa de Negociação Permanente também foi criada. Ela já tem reunião agendada para a próxima sexta-feira (25), às 14 horas, na Escola de Saúde Pública. Dentre as discussões, está previsto a construção de um seminário para o aperfeiçoamento da produtividade, formulação de uma proposta de negociação das perdas salariais do movimento grevista junto ao Governo de Goiás e um acordo referente aos dias não trabalhados durante a greve.
Ainda será feito um levantamento minucioso das condições de trabalho dos servidores da Saúde. O Governo também fez o compromisso de averiguar todos os casos de assédio moral e perseguição nas unidades de saúde, com punições aos responsáveis de acordo com a legislação.