Greve

Servidores de escolas estaduais realizam assembleia em frente à Alego

A presidente do Sintego, Bia de Lima, informou que as escolas estão fazendo escala de paralisação

Professores e funcionários da Rede Estadual de Educação participaram de uma assembleia na tarde desta terça-feira (4) em frente à Assembleia Legislativa do Estado de Goiás. De acordo com a organização, mil servidores estiveram no local. Eles estão em greve desde o dia 15 de março.

A presidente do Sindicato dos Trabalhadores em Educação de Goiás (Sintego), Bia de Lima, afirma que na oportunidade a categoria decidiu pela continuidade da paralisação. “Buscamos uma audiência com o governador Marconi Perillo ainda nesta semana para discutirmos alguns prontos pendentes”, explica a presidente.

A categoria reivindica o pagamento do piso aos professores, novo plano de carreira para os funcionários administrativos e a retirada da Proposta de Emenda Constitucional (PEC), protocolada sob o nº 3548/16, que limita os gastos correntes dos Poderes do Estado.

De acordo com Bia, nem todas as escolas estão em greve ao mesmo tempo para evitar retaliação do governo aos servidores. “Estamos fazendo uma paralisação pipoca. Em determinados dias, as escolas de uma região param. Depois elas voltam a funcionar e outras param”, disse a presidente.

Governo

Por nota, a Secretaria de Educação, Cultura e Esporte de Goiás (Seduce) informou que menos de 8% das escolas da rede pública estadual estão parcial ou totalmente paralisadas, ou seja, apenas 90 das 1138 escolas da rede.

Ainda no texto, a secretaria informou que apesar de todas as dificuldades impostas pela crise econômica, o governo de Goiás está em negociação para dar prosseguimento à agenda de conquistas da categoria e o consequente retorno das atividades normais naquelas unidades que aderiram à greve.

Vários pontos da pauta de reivindicações dos professores em greve já foram atendidos, entre eles o anúncio de um concurso público para provimento de mil vagas, sendo 900 para professores e 100 para administrativos, solução para o Quadro Transitório do Magistério e reajuste salarial para os contratos temporários da pasta.

Quanto ao pagamento do Piso Salarial Nacional e o Plano de Carreiras dos Administrativos, que representam os dois maiores desafios a serem resolvidos, a Seduce informou que uma comissão, que inclui ainda as secretarias da Fazenda e Planejamento, analisa uma proposta a ser apresentada.

Aparecida de Goiânia

Um grupo de cerca de 150 professores realizaram uma manifestação na manhã de hoje em frente à Prefeitura de Aparecida de Goiânia. Os servidores pediram o fim os contratos temporários, reestruturação de carreira e reajuste do piso salaria.

De acordo com o presidente do Sintego em Aparecida de Goiânia, Valdeci Português De Sousa, a paralisação não foi convocada pelo sindicato que, segundo ele, está em plena negociação com o Município. “Estivemos em uma audiência com secretários e já resolvemos problemas como a carência de livros nas escolas e vamos conversar sobre a data base na próxima semana. Não tem motivo para paralisação”, afirmou o presidente.

Também por nota, a Secretaria Municipal de Educação e Cultura informou que a paralisação dos professores é ilegal por não ter apoio do sindicato. A pasta ainda destacou que os responsáveis estão trabalhando para adequar as reivindicações dos profissionais sem extrapolar as determinações da Lei de Responsabilidade Fiscal e sem mexer em direitos adquiridos.