Depois dos servidores da Polícia Civil, servidores do Judiciário em Goiás também se preparam para uma paralisação nacional. A categoria pretende cruzar os braços no dia 29 deste mês em protesto contra projetos do governo federal que podem retirar direitos do funcionalismo público.
As propostas em questão são o PLC 54/2016 e a PEC 241/2016, em tramitação no Congresso Nacional, que tratam, respectivamente, da renegociação de dívidas dos Estados com a União e da reforma da Previdência, extinguindo garantias dos servidores, como a estabilidade no funcionalismo público, a reestruturação na carreira, além de aumentar a alíquota de contribuição previdenciária. Os mesmos projetos, inclusive, são foco dos protestos dos policiais civis.
Como parte das manifestações contra as propostas, os servidores do Tribunal de Justiça de Goiás (TJGO) vestirão preto durante esta quinta-feira (22).
Paralisação da PC
Nesta quarta (21), a paralisação de 24 horas dos policiais civis teve adesão quase total da categoria e as delegacias de polícia de todo o Estado pararam hoje, informa o Sindicato dos Policiais Civis do Estado de Goiás (Sinpol-GO). Nas maiores cidades, como nas regionais de Goiânia, Aparecida de Goiânia, Anápolis, Rio Verde e Jataí, e em outras que são estratégicas, embora não sejam regionais, como Caldas Novas, nenhuma ocorrência foi registrada. A paralisação foi proposta pela Confederação Brasileira dos Trabalhadores Policiais Civis (Cobrapol) e aprovada no congresso nacional realizado em agosto.
Em Goiás, a categoria aprovou a adesão à paralisação durante assembleia geral realizada na quinta-feira da semana (15) passada pelo Sinpol. O presidente da entidade, Paulo Sérgio Alves de Araújo, credita a grande adesão à conscientização da categoria. “Os colegas viram que as propostas do governo que estão em pauta no Congresso Nacional vão tirar muitos direitos dos trabalhadores”, justifica. Antes da paralisação, diretores do Sinpol estiveram nas delegacias conscientizando os policiais sobre a importância da adesão.