Paralisação

Servidores estaduais da Saúde anunciam greve geral

Paralisação deve começar na próxima terça-feira. Unidades de Saúde no estado terão os atendimentos reduzidos

Os servidores estaduais da Saúde deflagraram greve em todo o Estado na manhã desta quinta-feira (15) durante assembleia geral realizada em frente a Secretaria de Saúde do Estado de Goiás (SES).Como prevê a Lei, a paralisação terá inicio após 72 horas do comunicado a secretaria e deve começar na próxima terça-feira (20).

Segundo o Sindicato dos Trabalhadores do Sistema Único de Saúde de Goiás (Sindisaúde), as unidades de Saúde no estado terão os atendimentos reduzidos. Apenas serviços de urgência e emergência estarão garantidos a partir da próxima terça-feira.

A decisão, de acordo com o Sindisaúde, foi tomada pela maioria dos trabalhadores após o governador Marconi Perillo encaminhar à Assembleia Legislativa a proposta de Lei 2759/16 que altera a Lei 14.600/2003 propondo o corte de, no mínimo, 50% do Prêmio de Incentivo e do Prêmio Adicional (Produtividade).

Ainda segundo o sindicato, os servidores já estavam mobilizados para pedir a revogação do Decreto 8.747/2016 que limitava o número de beneficiados por esta gratificação quando foram surpreendidos logo no início desta manhã com a notícia do envio do novo projeto enviado a Alego.

Projeto

O projeto de iniciativa do governador, no que tange ao parágrafo 1º do artigo 1º da citada Lei nº 14.600/2003, limita o valor total do prêmio a ser pago mensalmente a, no máximo, 50% da produção das unidades da rede própria de saúde do Estado, considerada aquela apresentada e aprovada no Sistema Datasus, do Ministério da Saúde, devido à Secretaria de Estado da Saúde.

Para a presidenta do Sindsaúde, Flaviana Alves, “a redução de 50% no adicional de produtividade afetará o orçamento de mais de 7 mil famílias”. Ainda segundo ela, “com o não pagamento da data-base de 2007, 2008, 2009, 2010, 2015 e de 2016 e o descumprimento do Plano de Carreiras, não restou alternativa a não ser decretar a greve”.