Setor privado organiza campanhas de incentivo à vacinação contra Covid-19
Empresários já preparam campanhas para incentivar a vacinação contra a Covid. Crítica ao fechamento de…
Empresários já preparam campanhas para incentivar a vacinação contra a Covid. Crítica ao fechamento de bares e restaurantes na pandemia, a Abrasel, associação que representa o setor, vai divulgar as primeiras peças publicitárias nas redes sociais nesta terça (19). O objetivo, segundo Paulo Solmucci, presidente da entidade, é transmitir a consumidores, donos e funcionários dos estabelecimentos a ideia que a vacina é segura. “Nosso slogan será ‘eu confio, eu vou tomar’”, afirma.
Para Solmucci, a vacina trará mais estabilidade para o setor, que passa por momento de indefinição com as idas e vindas nas restrições pelo país. Ele diz que, com a campanha, espera que grupos prioritários tenham mais incentivos de familiares e pessoas próximas para se imunizar.
“Não podemos deixar que a turma do negacionismo vença a guerra”, afirma. Mas, ainda com dúvidas sobre a abrangência da vacina, ele diz que a próxima etapa da campanha deve incentivar o uso de máscaras e a manutenção dos protocolos de segurança nos bares e restaurantes.
O SindHosp, sindicato de hospitais e clínicas de São Paulo, lança nesta semana campanha “Vacina, Sim”, que será veiculada no site da entidade e nas redes sociais. Vídeos e podcasts gravados por especialistas e dirigentes de associações do setor explicarão a importância da imunização. Associações do comércio também avaliam ações.
A UGT (União Geral dos Trabalhadores) afirma que suas 1.300 entidades sindicais no Brasil estarão à disposição para servirem como postos de vacinação. Em movimento semelhante, a Abrasce (associação dos shoppings centers) enviou carta a todos os governadores oferecendo os espaços de seus estabelecimentos.
A produção de insumos para vacinas se concentrou, nos últimos anos, na China e na Índia, países que devem priorizar a imunização de suas populações antes de enviar um grande volume de matéria-prima para o Brasil, segundo Nelson Mussolini, presidente do Sindusfarma (indústria farmacêutica).
A grande população dos países asiáticos deu a eles vantagem nessa produção, que demanda um mercado robusto para se viabilizar economicamente. Na avaliação do dirigente, desenvolver insumos no Brasil seria estratégico e depende de apoio governamental para garantir acesso dos produtos ao mercado latino americano com preço competitivo.