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‘Seu Lula’, ‘pequeno ditadorzinho’ e ‘biruta’: os apelidos que renderam no debate da Band

Em meio à farpas, Lula e Bolsonaro investiram em apelidos irônicos

Foto: Reprodução - Band

Durante o primeiro debate do segundo turno, realizado pela Band, os presidenciáveis Jair Bolsonaro (PL) e Lula (PT) protagonizaram diversas cenas de embate. Em meio à farpas, os dois investiram em apelidos irônicos para se referir ao adversário além dos nomes já popularizados.

Logo no primeiro bloco, o presidente chamou o petista de “seu Lula”, forma de tratamento que foi repetida diversas vezes ao longo do programa televisivo. A primeira foi durante uma fala sobre a pandemia da Covid-19. Em declaração, Bolsonaro voltou a repetir que as pessoas saudáveis não deveriam temer a doença, mas que sempre indicou cuidados para o grupo de risco.

— Foi o papel do governo, que em primeiro lugar do mundo, decretou estado de emergência e foi ignorado por aqueles que queriam o carnaval a qualquer preço. Então, seu Lula. Não continue mentido. Pega mal à sua idade. Pelo seu passado não vou dizer, é lamentável — afirmou o presidente.

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O termo “seu Lula” ficou entre os assuntos mais comentados do Twitter e chegou a ser comentado pelo vereador e deputado federal eleito com mais votos do país, Nikolas Ferreira (PL-MG).

Em resposta, o petista acusou Bolsonaro de ser o “rei da fake news, da estupidez, de mentir para a sociedade brasileira”.

Ao ser questionado sobre o controle dos meios de comunicação, Lula lembrou o episódio que ocorreu na madrugada deste domingo, quando o candidato abriu uma live para explicar sua fala sobre meninas venezuelanas. Em entrevista ao canal do YouTube Paparazzo Rubro-Negro, na última sexta-feira, o presidente disse que, durante um passeio de moto por uma comunidade nas proximidades de Brasília, avistou meninas de 14 e 15 anos e que “pintou um clima” antes de pedir para ir à casa delas.

O ex-presidente disse que seu adversário tem o hábito de se contradizer e o chamou de “biruta”, adjetivo que é sinônimo de “maluco”.

— Esse país tem que ter alguém que tenha credibilidade da sociedade brasileira (…) Esse país não pode ter um governo que parece um biruta, que cada dia desdiz a coisa que diz, que todo dia fala uma coisa, precisa de gente séria — disse Lula.

As supostas relações do ex-presidente foram exploradas por Bolsonaro. Em fala, o chefe do Executivo disse que seu adversário que Lula é amigo dos traficantes brasileiros e de Ortega, ditador da Nicarágua.

— Você é agora amigo de Ortega, que pede a descriminalização da cocaína e que prende padres e freiras. É isso mesmo, Lula? Fala sobre teu amigo aqui — acusou o presidente.

Nas considerações finais, Lula agradeceu o povo brasileiro e destilou críticas a seu adversário que, segundo ele, conta inverdades. Na participação, o petista relembrou as declarações recentes em que Bolsonaro considerou aumentar o número de ministros do Supremo Tribunal Federal (STF), medida que foi feita por Hugo Chávez na Venezuela. Por fim, o chamou de “pequeno ditadorzinho”.

— Quem aprovou a lei de liberdade religiosa foi esse que vos fala. Quem defende a democracia e liberdade sou eu, muito mais que ele que é um pequeno ditadorzinho, que quer ocupar a Suprema Corte — disse Lula.

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