Sintego vai propor paralisação em assembleia para discutir proposta de data-base do governo
Fórum em Defesa dos Servidores e Serviços Públicos do Estado de Goiás convocou reunião para esta terça
O Sindicato dos Trabalhadores em Educação de Goiás (Sintego) vai propor uma paralisação geral de servidores durante assembleia, nesta terça-feira (8), para discutir a proposta do governo de Goiás para pagamento da data-base em 10,16%. A informação é da presidente da entidade, Bia de Lima.
Vale destacar, o encontro foi convocado pelo Fórum em Defesa dos Servidores e Serviços Públicos do Estado de Goiás e ocorre em frente a antiga sede da Assembleia Legislativa de Goiás (Alego).
O desejo do Sintego e outras categorias é o reajuste de 25,6%. Na última sexta-feira (4), contudo, o governo propôs o reajuste 10,16% com base na inflação dos últimos 12 mees. Anteriormente, o Estado tinha ofertado o aumento de 5,5%.
“Os 10,16% são melhores que os 5,5%, mas ainda muito longe dos 25,6%”, declarou Bia de Lima. Segundo ela, todos as categorias estão com o mesmo sentimento, de “decepção e frustração”. “Jogar 10% para os servidores mais pobres – como os da educação e da saúde – quase não impacta. Para uma merendeira que ganha salário mínimo, por exemplo, não é justo.”
A expectativa de Bia para a assembleia desta terça é de grande volume de entidades e de pessoas. “Da minha parte, lutarei pelos 25%”, garante ao dizer que, se depender dela, não aceitará os 10,16%.
Sindifisco
O Sindicato dos Funcionários do Fisco do Estado de Goiás (Sindifisco-GO), assim como outras categorias de servidores, desejam reajuste de 25,5%, que é referente ao acúmulo da inflação dos três últimos anos desta gestão estadual.
Segundo o presidente do Sindifisco, o auditor-fiscal da receita estadual Paulo Sérgio dos Santos Carmo, a categoria tem sensibilidade para negociar um índice minimamente adequado. “E isso se deu em toda negociação e chegou-se a esse patamar de 10,16% como proposta oficial e aparentemente definitiva do governo para ser levada à assembleia dos servidores públicos”, declarou.
Paulo diz, ainda, que tem consciência das dificuldades de Goiás, bem como os demais estados da federação. Contudo, ele declara que os servidores não podem ser os únicos a sofrer o dano da crise. “Nós precisávamos rever a remuneração em um índice minimamente adequado, pois valorizar o servidor é também investir em política pública, pois em última instância, é este agente que chega ao cidadão operando os serviços a ele disponibilizados.”