Sistema Produtor Mauro Borges entrará em operação definitivamente a partir de julho
Sistema foi projetado para garantir o fornecimento de água tratada para a população da capital e Região Metropolitana até 2040, atendendo aproximadamente 3 milhões de pessoas
O maior complexo de abastecimento de água da Região Centro-Oeste, que fica no Jardim Guanabara, na Região Norte de Goiânia, será inaugurado neste mês de julho, quando deverá entrar em operação definitivamente. Trata-se do Sistema Produtor Mauro Borges, projetado para garantir o fornecimento de água tratada para a população da capital e Região Metropolitana até 2040, atendendo aproximadamente 3 milhões de pessoas. Desta forma, a atual capacidade de abastecimento, de 4 mil l/s, será duplicada – 8 mil l/s.
De acordo com o presidente da Saneago, Jalles Fontoura, o funcionamento do Sistema Produtor Mauro Borges permitirá que cidades como Trindade e Goianira sejam indiretamente beneficiadas, pois o Sistema Produtor Meia Ponte, que atualmente atende parte da população de Goiânia, passará a ser direcionado exclusivamente para abastecer os dois municípios. A vazão excedente que será remanejada para Trindade e Goianira é de aproximadamente 680 l/s.
Segundo Jalles, essa obra atenderá à demanda que se apresenta com a expansão urbana, possibilitando a viabilização de futuros loteamentos, conjuntos habitacionais e projetos de empreendedores, já que o Mauro Borges será responsável pela distribuição de água por toda a cidade.
Assim, alguns sistemas voltados para fins particulares (residencial, comercial, industrial, loteamento ou condomínios) e solicitados por meio de Atestado de Viabilidade Técnica Operacional (AVTO), poderão ser desativados.
O governo estadual, em parceria com o federal e organismos financeiros internacionais, investiu, até agora, cerca de R$ 1 bilhão na obra, realizada em duas etapas. A primeira, iniciada em 2002, foi a construção da Barragem do Ribeirão João Leite (afluente do Rio Meia Ponte e manancial de abastecimento), que proporciona o armazenamento de 130 bilhões de litros de água, numa área inundada de 1040 hectares.
A segunda etapa, que entrou em pré-operação recentemente, compreende a Estação Elevatória de Água Bruta, a Estação de Tratamento de Água e milhares de metros de adutoras e redes de distribuição.
Trata-se de uma das obras mais complexas e estratégicas do governo de Goiás, que é referência nacional e vencedora de premiações nos quesitos inovação tecnológica e eficiência energética. A previsão é de que o complexo Mauro Borges entre em operação definitiva em Julho deste ano.
Segundo Jalles, atualmente o Sistema está em fase de testes mas será entregue pela empresa executora, Emsa Engenharia, até o dia 7 de julho, conforme prazo final previsto em contrato.
Premiação
Uma das grandes vantagens da Estação Elevatória de Água Bruta é o projeto que prevê a utilização da água do manancial (Ribeirão João Leite, afluente do Rio Meia Ponte) para geração de energia que irá retroalimentar o sistema (turbinas e motores). Em função disso, a obra recebeu o prêmio de Eficiência Energética em 2010, concedido pela Eletrobras/Procel/Abes. A expectativa é de uma economia de energia de 5.500 HPs durante seis meses do ano.
Projeto do Linhão
A etapa final do complexo é a construção da obra denominada Linhão, que interligará o Sistema Mauro Borges ao Leste de Aparecida de Goiânia – região em pleno desenvolvimento vai receber um campus da Universidade Federal de Goiás.
No total, o projeto está orçado em R$232 milhões, sendo 25% correspondente à contrapartida do Estado de Goiás. Jalles afirma que a Saneago busca financiamento, já apresentou uma carta-proposta para o Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), e aguarda resposta para a abertura do processo de licitação. O Linhão deverá ser concluído no final de 2019.
Universalização
A meta da Saneago é alcançar a universalização do serviço de abastecimento de água e coleta e tratamento de esgoto em Aparecida de Goiânia até o final de 2019, de acordo com o que prevê o contrato de subdelegação com a empresa BRK Ambiental. Atualmente, 70% da população da cidade têm acesso à água tratada e 24% têm cobertura de rede de esgoto.