Contaminação

SMS investiga se morte de médico tem relação com vírus H1N1

Por enquanto, notificação é de Síndrome Respiratória Aguda Grave (SRAG). Material biológico coletado será analisado pelo Lacen-GO

A Secretaria Municipal de Saúde afirma ter iniciado investigação epidemiológica para saber as causas da morte do médico Luiz Sérgio de Aquino Moura (57), falecido no domingo (1°), na UTI do Hospital Estadual de Urgências da Região Noroeste de Goiânia Governador Otávio Lage de Siqueira (Hugol).

Materiais biológicos foram coletados e encaminhados para análise no Laboratório Estadual de Saúde Pública (Lacen-GO). A notificação obtida pela secretaria até o momento é de Síndrome Respiratória Aguda Grave (SRAG), que pode ter sido causada pelo vírus H1N1 entre outras possibilidades, como vírus sincicial respiratório, Adenovírus e Parainfluenza 1.

De acordo com informe técnico da SMS, a SRAG é uma doença causada por uma “grande diversidade de agentes infecciosos, principalmente, o vírus influenza”. A doença é comum durante todo o ano, com mais frequência entre os meses do outono e do inverno. “A partir de 2012, todo indivíduo com febre, mesmo que referida, acompanhada de tosse ou dor de garganta, internado e que apresente dispneia (falta de ar) ou saturação de O2<95% deve ser notificado ao serviço de vigilância epidemiológica como caso dde SRAG”.

Notas

Luiz Sérgio atuava no Samu Centro Sul e no Cais de Campinas, pela rede municipal de Saúde. Ele também era pediatra no Hospital Materno Infantil, onde deu seu último plantão no dia 26/2. De acordo com assessoria do Hugol, o paciente deu entrada na unidade no dia 30/2, indo a óbito dois dias depois.

Segundo a SMS, até 28 de março, 15 casos de gripe H1N1 foram confirmados em Goiânia. “A SMS segue os protocolos de precauções do Ministério da Saúde para evitar contaminações (para pacientes e profissionais) de casos suspeitos de SRAG”, afirma em nota.

Também em nota, o HMI afirma ter registrado 23 casos suspeitos de influenza, sendo que quatro foram confirmados com H1N1, sem óbitos. Segundo o documento, ao receber um paciente com caso suspeito ou confirmado de influenza do tipo A, H1N1, ou tipo B, H3N2, hospital segue várias medidas de precaução para evitar a disseminação do vírus entre pacientes e funcionários.

Entre as medidas estão “higienização das mãos; uso de Equipamentos de Proteção Individual (EPIs); higiene respiratória; cuidados com material, roupas e equipamentos; dentre outros -, além de procedimentos corretos para manejo de pacientes com suspeita ou com caso confirmado da doença – isolamento e adoção de precaução padrão, sempre com utilização de EPIs”.

A Secretaria de Estado de Saúde, que coordena os trabalhos do Lacen-GO afirma que uma coletiva de imprensa agendada para esta terça-feira (3) abordará a morte do médico e fornecerá atualização sobre todos os casos de H1N1 no Estado.