Sobe para 10 o número de mortos por temporal na Bahia
Subiu para 10 o número de mortos em decorrência das fortes chuvas que atingem o…
Subiu para 10 o número de mortos em decorrência das fortes chuvas que atingem o interior da Bahia, informa o boletim mais recente da Sudec, divulgado nesta segunda-feira (13). Ainda segundo o órgão, o número de cidades em situação de emergência passou de 32 para 51. No total, 200.297 pessoas foram afetadas pelos temporais de alguma forma, incluindo 6.371 que estão desabrigadas e outras 15.199 que foram desalojadas.
Entre os municípios mais afetados estão Anagé, Camacan, Canavieiras, Guaratinga, Ibicuí, Itabela, Itacaré, Itamaraju, Itapetinga, Jiquiriçá, Jucuruçu, Marcionílio Souza, Mascote, Medeiros Neto, Santanópolis, Teixeira de Freitas e Vereda.
As mortes mais recentes ocorreram no município de Amargosa, na região do Recôncavo baiano, quando um deslizamento de terra na madrugada domingo (12) soterrou Elita Pereira, 80, e Eliana Pereira, 40, mãe e filha, respectivamente.
O deslizamento aconteceu na localidade de Ribeirão dos Caldeirões, zona rural do município, e também deixou desaparecido o idoso Gildásio Ribeiro, 89, marido de Elita e pai de Eliana. Os corpos das vítimas foram encontrados na manhã de domingo.
Também neste domingo, o presidente Jair Bolsonaro (PL) sobrevoou Porto Seguro, município localizado no extremo sul da Bahia e que foi umas das atingidas pelos temporais.
Bolsonaro usou a visita para atacar as medidas de lockdown e outras restrições de deslocamento decretadas por governadores pelo país como forma de combate ao coronavírus. “Também tivemos uma catástrofe no ano passado, quando muitos governadores, e o pessoal da Bahia, fecharam todo o comércio e obrigaram o povo a ficar em casa. Povo, em grande parte [trabalhadores] informais, condenados a morrer de fome”, afirmou ele, em entrevista em Porto Seguro, após o sobrevoo.
Nesta segunda, o governador Rui Costa (PT) anunciou que enviará para a Assembleia Legislativa da Bahia um projeto de lei de autoria do Executivo para viabilizar uma linha de crédito de até R$ 150 mil para socorrer comerciantes nas cidades atingidas pelos temporais.
“Nós faremos a construção de casas novas, que terão que ser erguidas necessariamente em locais que não alaguem mais. Ainda vamos fechar os números, mas a estimativa é que sejam aplicados cerca de R$ 30 milhões para construir novas casas e mais R$ 20 milhões para a restauração”, disse o mandatário.