'BANALIZAÇÃO'

Sociedade de Dermatologia lança campanha contra procedimentos estéticos ilegais após morte de modelo

Entidade diz que está de "luto pela banalização dos procedimentos estéticos"

Modelo faleceu após fazer um procedimento com uma profissional não habilitada (Foto: Redes Sociais)

A Sociedade Brasileira de Dermatologia (SBD) lançou uma campanha de alerta em Goiânia contra os riscos dos procedimentos estéticos realizados por profissionais não habilitados. A iniciativa, que conta com outdoors em pontos estratégicos da cidade e forte presença nas redes sociais, foi motivada pelo aumento da banalização desses procedimentos.

Na última terça-feira (2), a modelo e influenciadora Aline Maria Ferreira, de 33 anos, faleceu alguns dias após realizar uma aplicação de PMMA em uma clínica de estética de Goiânia. A proprietária não tinha formação técnica e havia cursado apenas três meses de medicina, no Paraguai.

“Estamos de luto pela banalização dos procedimentos estéticos e nos solidarizamos com as vítimas e seus familiares”, diz a mensagem da campanha, que incentiva a população a procurar dermatologistas qualificados para cuidar da pele, cabelos e unhas.

O presidente da SBD-GO, Marco Chaul, reforça a importância de verificar a qualificação do profissional antes de realizar qualquer procedimento estético. “Dermatologistas são médicos com formação específica para tratar a pele, cabelos e unhas, e estão preparados para lidar com eventuais complicações”, afirma. A Sociedade destaca que é possível saber se o profissional é médico e especialista, acessando o site do Cremego (www.cremego.org.br) ou da SBD-GO (www.sbdgo.org.br).

Dona de clínica presa após morte de modelo só fez 3 meses de medicina no Paraguai

Grazielly da Silva Barbosa, que se passava por biomédica e foi presa após a morte da modelo Aline Maria Ferreira, de 33 anos, que passou por um procedimento no bumbum, cursou apenas 3 meses de medicina no Paraguai, segundo a delegada Débora Melo. O relato foi feito pela própria Grazielly à Polícia Civil.

A dona da clínica de estética em que Aline fez o procedimento sequer tinha formação técnica para realizar o procedimento. Grazielly da Silva Barbosa, fez apenas três meses de medicina no Paraguai, de acordo com a delegada Débora Melo, da Polícia Civil, que investigou o caso. 

Ela responderá por pelo menos três crimes nas relações de consumo e um inquérito ainda será aberto para apurar se a morte da influenciadora foi em decorrência do procedimento feito pela falsa profissional.