Economia

Soja faz exportações goianas recuarem 42,7%

As importações também recuaram 29,2%, o que foi atribuído principalmente à alta do dólar.


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O atraso na colheita de soja e problemas relacionados à logística do produto foram os fatores responsáveis pela queda expressiva de 42,7% no volume de exportações goianas em fevereiro de 2015 – que totalizaram US$ 301,495 milhões – na comparação com o mesmo período de 2014. Ainda assim, a balança comercial goiana fechou o mês com superávit de US$ 51, 937 milhões. As importações também recuaram 29,2%, o que foi atribuído principalmente à alta do dólar.

De acordo com o superintendente executivo de Comércio Exterior da Secretaria de Desenvolvimento Econômico, Científico e Tecnológico e de Agricultura, Pecuária e Irrigação (SED), William O’Dwyer, o problema é sazonal e o produto que lidera a pauta de exportações deverá se recuperar no próximo mês.

Ele lembra que, diante da balança comercial brasileira, que já acumula déficit de U$S 6 bilhões nos dois primeiros meses do ano, a situação do Estado de Goiás é considerada confortável, uma vez que esta apresentou o saldo positivo de US$ 51,937 milhões em fevereiro e de US$ 207 milhões em janeiro e fevereiro.

“Nós temos que verificar a atual conjuntura tanto brasileira quanto mundial, mas o que nos trouxe esse resultado, que continuou um resultado bom, positivo, já que estamos fechando este mês com praticamente 52 milhões e mais de 207 milhões nesses dois primeiros meses do ano. Houve uma diminuição nas exportações de soja. Isso contribuiu muito para que o resultado fosse diminuído, mas a soja estará retomando o seu lugar a partir do mês que vem, com a normalização da safra e do seu transporte até os portos e, consequentemente, as exportações para os países parceiros. Então, a tendência é que o resultado seja melhor no próximo mês”, afirma.

A estiagem prolongada, o feriado de Carnaval, a greve dos caminhoneiros e a morosidade nos portos foram apontadas pelo superintendente para que a soja caísse para o quinto lugar no ranking de exportações, representando 9,5%. A campeã foi a carne (31,19%), seguida pelas ferroligas (13,32%), sulfeto de cobre (12,8%) e couros e derivados (10,52%). China, Países Baixos (Holanda) e Índia, nesta ordem, constituem os três principais mercados consumidores dos produtos made in Goiás.