Startup curitibana cria plataforma para conectar quem precisa a quem pode ajudar
Quem quer se oferecer para fazer um favor para pessoas da sua região, como fazer compras ou doar alimentos, faz um cadastro no site e preenche as ofertas
Em tempos de isolamento e medidas restritivas para evitar a expansão do novo coronavírus pelo país, uma startup de Curitiba lançou nesta quinta-feira (2) uma plataforma para conectar quem pode ajudar a quem precisa de auxílio.
A ferramenta, batizada de 1simplesfavor, é simples: quem quer se oferecer para fazer um favor para pessoas da sua região, como fazer compras ou doar alimentos, faz um cadastro no site e preenche as ofertas num mural. Quem estiver precisando de algo escreve o pedido na mesma plataforma. Com os números de telefones visíveis, é possível conectar ajudante a ajudado.
“Já há várias manifestações de redes de solidariedade, mas restrita a âmbito de conhecidos, como nos condomínios. De repente, tem alguém precisando de ajuda a duas quadras da casa de quem pode ajudar, mas falta o contato”, explica o empresário Mauricio Lopes Bonetti, criador da ferramenta.
Ele aproveitou a expertise da empresa, uma startup que produz sistemas para bancos, para criar a plataforma. Em apenas um dia, mais de 150 pessoas de todo o Brasil se cadastraram.
Entre os exemplos estão o de uma psicóloga de São Paulo (SP) que se ofereceu para atender pessoas emocionalmente abaladas e um homem de Brasília (DF) que se dispôs a fazer compras para quem não podem sair de casa. Já uma mulher de Sacramenta (AL) pediu cestas básicas para a mãe em dificuldade financeira.
Bonetti conta que a ideia surgiu da recomendação da Organização Mundial de Saúde de criação de redes de proteção social para auxiliar os que mais necessitam.
A empresa está estudando aperfeiçoamentos na plataforma, criada em apenas duas semanas. Uma das ideias é conceder pontos aos ajudantes e criar parcerias com empresários que possam oferecer brindes para quem tiver uma maior atuação na rede.
“O brasileiro é solidário e a gente acredita nisso. Queremos provar com essa ferramenta que, se tem gente precisando de ajuda, o país vai ajudar”, diz o empresário.