STF dá 48h para estados explicarem irregularidades na vacinação infantil

Os estados brasileiros e o Distrito Federal têm até 48 horas para se manifestarem sobre as supostas irregularidades apontadas pela União em relação à aplicação de vacinas contra Covid-19 no público infantil. A determinação foi dada pelo ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Ricardo Lewandowski nesta quarta-feira (19).

A Advocacia-Geral da União (AGU) informou ao Supremo, que até dezembro de 2021 mais de 20 mil crianças foram vacinadas de forma irregular, com doses para adultos ou com imunizantes que ainda não foram autorizados para o público infantil.

Doses fora dos padrões

A AGU argumenta que isso pode revelar a possível administração de milhares de doses fora dos padrões estabelecidos pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) e pelo Plano Nacional de Operacionalização da Vacinação contra a Covid-19 (PNO).

Após a Anvisa aprovar a vacinação de crianças de 5 a 11 anos contra a Covid-19, Lewandowski estabeleceu um prazo para que o governo federal apresentasse o plano de vacinação.  Quando o Ministério da Saúde anunciou o início da vacinação, o ministro encerrou a ação por “perda de objeto”.