STF mantém prisão de fazendeiro acusado de mandar matar advogados em Goiânia
O Supremo Tribunal Federal (STF) decidiu por manter a prisão de Nei Castelli, acusado de…
O Supremo Tribunal Federal (STF) decidiu por manter a prisão de Nei Castelli, acusado de mandar matar os advogados Marcus Aprígio Chaves e Frank Carvalhaes em Goiânia. Assim, o fazendeiro segue detido na Casa de Prisão Provisória (CPP) de Aparecida. O crime ocorreu em outubro de 2020, dentro do escritório profissional das vítimas, no Setor Aeroporto, na capital. Este é o 15º pedido de soltura que foi indeferido.
A decisão de manter o fazendeiro detido foi do ministro Alexandre de Moraes. Segundo ele, a manutenção da prisão é necessária, tendo em vista “a periculosidade do agente, evidenciada pelo modus operandi na prática delito”. Ainda conforme o ministro, a prisão preventiva visa manter a ordem pública.
O ministro destacou, ainda, que as apurações dos homicídios apontaram que os assassinatos ocorreram sem a possibilidade de defesa das vítimas. Para Moraes, “é imperiosa a necessidade de se garantir a ordem pública, evidenciada sobretudo diante de fatos concretos aos quais se atribuiu acentuada gravidade e que revestem a conduta de remarcada reprovabilidade”.
O Mais Goiás tenta contato com a defesa do fazendeiro Nei Castelli.
Relembre os crimes contra advogados
O crime ocorreu no dia 28 de outubro, no escritório dos advogados localizado no Setor Aeroporto, em Goiânia. De acordo com as investigações, Nei Castelli teria contratado dois pistoleiros por R$ 100 mil para cometerem os homicídios. O homem também ofereceu até R$ 500 mil para os suspeitos não contarem sobre a participação dele no crime.
As investigações apontam que o crime foi cometido porque os advogados conquistaram em novembro do ano passado, na justiça, ação de reintegração de posse de uma propriedade rural em São Domingos, no Nordeste Goiano, atualmente ocupada por familiares do fazendeiro. Propriedade está avaliada em quase R$ 50 milhões.
Nei Castelli foi o último suspeito de envolvimento no crime a ser detido. Outras três pessoas já haviam sido presas por participação no duplo homicídio. Um quarto suspeito morreu em confronto com a Polícia Militar (PM) do Tocantins.