INVESTIGAÇÃO

Substância que ameaça contaminar córrego em Aparecida seria óleo de massa asfáltica, diz prefeitura

Em nota divulgada à imprensa, a Secretaria de Meio Ambiente e Sustentabilidade de Aparecida (Semma)…

Em nota divulgada à imprensa, a Secretaria de Meio Ambiente e Sustentabilidade de Aparecida (Semma) informou que a substância que ameaça contaminar o córrego da região Leste pode ser um óleo utilizado na fabricação da massa asfáltica. Fiscais estiveram na empresa onde ocorreu o vazamento nesta quinta-feira (10) e detectou que houve superaquecimento de um equipamento da usina que se misturou ao óleo e causou o mau cheiro.

Chamado de “óleo 046”, a substância é um lubrificante usado para sistemas circulatórios e, na empresa, era utilizado no motor de uma caldeira que faz parte do processo de fabricação de massa asfáltica. O vazamento do produto ocorreu após um problema mecânico no sistema. O óleo derramou sobre o motor e a queima dele, liberou a fumaça e o odor sentido pelos moradores de Goiânia e Aparecida.

“Os fiscais da Semma permaneceram no local por toda a manhã. Eles apuraram que a usina na empresa Goiás Asfaltos estava em situação irregular; não tinha licenciamento. Por isso, a empresa foi notificada, autuada e interditada. Não houve registro de feridos, apenas o mau cheiro reclamado pelos moradores e constatado pelos fiscais”, explica a nota.

Um caminhão que estava próximo ao motor pegou fogo e as chamas foram contidas por equipes do Corpo de Bombeiros.

Contaminação e intoxicação

A Defesa Civil também esteve no local e afirmou que o “vazamento do produto não deixou nenhuma vítima e não atingiu nenhum corpo hídrico”. A primeira afirmação foi confirmada pela Secretaria de Saúde de Aparecida que não registrou nenhum caso de intoxicação na UPA Flamboyant, que é a unidade de saúde mais próxima do local do vazamento.

Órgãos ambientais investigam se substância que vazou e provocou mau cheiro ameaça contaminar córrego (Foto: Defesa Civil)

No entanto, a segunda afirmação contradiz o relato do secretário de meio ambiente, Claudio Everson, que relata que uma “quantidade de óleo escorreu pelo corpo hídrico, dentro do lençol freático e dentro do próprio solo”.

Equipes de fiscalização da Semma e a da Delegacia do Meio Ambiente vão elaborar um laudo técnico para avaliar os danos ambientais causados e, caso constate os danos, a empresa será responsabilizada.

*Jeice Oliveira compõe programa de estágio do Mais Goiás sob supervisão de Alexandre Bittencourt