Suplementação de Vitamina D e Zinco ajudam a fortalecer imunidade
Vitamina D atua na mineralização óssea, no controle da pressão arterial e na modulação do sistema imune
A vitamina D é essencial para o funcionamento do nosso organismo, atuando na mineralização óssea, no controle da pressão arterial, na modulação do sistema imune, além de ter atuação anticancerígena e na função muscular. A maior parte dela (80 a 90%) é produzida na pele e apenas de 10 a 20% é obtido por meio da alimentação. Na pele, ela é produzida após o contato com os raios solares (radiação UVB) que promovem a síntese de sua forma inicial que depois é modificada na forma ativa nos rins e no fígado.
A vitamina D promove a absorção e fixação do cálcio, o que mantém a massa óssea, prevenindo quedas, fraturas e dores locais. Ela também atua no sistema musculoesquelético, regulando o crescimento e volume do músculo e auxiliando na manutenção do tônus e da força muscular.
Sua ação antineoplásica é por meio do controle de processos de diferenciação celular que impedem que células com algum erro se multipliquem e formem um tumor.
No sistema imune, a vitamina D tem um papel relevante ao auxiliar na proliferação de células de defesa e produção de substâncias antimicrobianas, ajudando na defesa do organismo contra bactérias e fungos. Além disto, os níveis baixos de vitamina D favorecem a produção de células de defesa contra órgãos e tecidos do próprio corpo, o que predispõe o desenvolvimento de doenças autoimunes, como o diabetes melito tipo 1, artrite reumatoide, esclerose múltipla, doenças inflamatórias intestinais.
Apesar de sua importância, estudos recentes mostram que uma significativa parcela da população brasileira, independente da idade, apresenta baixos níveis de vitamina D. Embora o Brasil seja um país tropical, as pessoas tem um estilo de vida com atividades de trabalho, lazer, atividade física em locais fechados, o que faz com que tenham pouca ou nenhuma exposição solar, contribuindo para carência deste nutriente. Consequentemente, aumentando os riscos de fraqueza muscular, osteopenia e osteoporose, queda da imunidade, retardo do crescimento em crianças e desenvolvimento de doenças crônicas e infecciosas. Dessa maneira, deve-se avaliar os níveis séricos de vitamina D, com cuidado especial para grupos de risco, como idosos, mulheres na pós-menopausa, grávidas e lactentes.
Para se evitar a hipovitaminose D, é preciso ter, em geral, uma exposição solar diária de 10 a 15 minutos, principalmente nos braços e nas pernas de 10h às 16h. Algumas pessoas tem particularidades na exposição ao sol, então, fale com seu médico antes para saber se você não tem nenhuma contraindicação. Outra maneira de manter níveis adequados de vitamina D, é por meio da alimentação, ingerindo peixes, como salmão e atum, frutos do mar, cogumelos, fígado, ovo e leite.
Em alguns casos, tais medidas podem não ser eficazes, sendo necessário a suplementação alimentar com colecalciferol. Contudo, ela não deve ser feita de maneira generalizada. As dosagens podem variar de acordo com a idade, hábitos alimentares e tempo de exposição solar, por isso, é importante conversar com seu médico para avaliar o seu caso e as suas necessidades diárias.
Anna Karolyna Rosa Machado
CRM-GO: 23.633