Suspeita de matar a mãe no ES, menina de 11 anos escreveu sobre assassinato em diário
Uma menina de 11 anos que teria participado do assassinato da própria mãe, de 38…
Uma menina de 11 anos que teria participado do assassinato da própria mãe, de 38 anos, escreveu sobre o homicídio em um diário. O caso aconteceu na última quinta-feira (27), no Espírito Santo. “Estou completamente apaixonada por um garoto. A gente namora. Ele é muito lindo. Amo muito ele e ele me ama muito. A gente vai até matar meus pais pra ficar juntinhos”, escreveu a menor.
Para a polícia, o garoto de 14 anos confessou que matou a mãe da namorada a facadas porque a mulher não aceitava o relacionamento dos dois. Ele também disse que os dois estavam planejando o assassinato há uma semana.
Segundo o padrasto da menina, um comerciante de 32 anos, ele também quase foi morto pela dupla.
“Quando cheguei em casa fui atacado pelos dois. A pancada foi muito forte e eu quase caí. Se eu caísse eu tenho certeza que eles iam me matar” , contou o homem.
O companheiro da vítima disse que percebeu que tinha algo errado assim que chegou em casa.
“Quando eu botei a chave na porta eu vi que tinha cadeira atrás. Eu achei estranho e acho que meio que botou lá para saber quando eu estava entrando, para fazer barulho. Eu chamei, ‘amor ,amor,’ e não ouvi nada e aí vi sangue no chão”, disse.
O homem disse que conseguiu fugir do ataque dos menores e que quando saiu de casa encontrou cerca de 100 vizinhos na rua.
“Eu consegui lutando, brigando, consegui chegar no portão para pedir socorro. Foi quando juntou muita gente. O povo achou que eu que tinha feito[crime] e começou a falar que ia me matar também”, disse.
Depoimento do menor
Na delegacia, o adolescente contou que, quando chegou à casa da namorada, a menina entregou uma faca para ele. Os dois seguiram para o quarto.
Em seguida, a filha chamou a mãe e nesse momento o adolescente atacou a mulher com golpes de faca no pescoço.
Ainda segundo o menor, a mulher ainda conseguiu sair do quarto da filha e ir para outro cômodo, onde se trancou. Ela não resistiu aos ferimentos e morreu.
Segundo o delegado Marcelo Nolasco, a menina não pode ser ouvida em sede de polícia pela idade que ela tem, e que na delegacia foi apenas uma conversa informal.
” A menina admite os fatos. A gente percebe que ela não está em um estado normal, ela está muito abalada. É algo totalmente diferente da vivência policial que a gente vê todo os dias. A gente tá acostumado com violência, mas esse caso é muito mais que uma violência é uma coisa pra ser estudada, é uma coisa que é muito mais de uma psicologia do que de polícia. O que leva uma criança a matar a própria mãe?“, completou Nolasco.
*Com informações do G1