ESCOLA DA VIDA

Suspeito de fraudar R$ 1,3 milhão no Detran-DF ensinava como se tornar hacker

Homem levava vida de luxo e tinha página na internet onde postava fotos de família, viagens e de sua atuação como hacker

(Foto: Reprodução/TV Anhanguera)

O hacker preso no dia 21 de setembro por supostamente fraudar mais de R$ 1,3 milhão do sistema do Departamento de Trânsito do Distrito Federal (Detran-DF) divulgava o serviço de hacker, inclusive o site destinado a promoção de cursos de invasão de sistemas, afirma a Polícia Civil (PC).

Ainda segundo a PC, o homem levava uma vida de luxo. A casa em que morava, em Alto Paraíso de Goiás, a 424 quilômetros de Goiânia, é avaliada em mais de R$ 800 mil. No local, foram encontrados R$ 11 mil em espécie, uma caminhonete de luxo e equipamentos avançados de informática.

Segundo publicação do Metrópoles, o homem já tinha sido preso em 2016 por fraudes em cartões de crédito. Ele é casado com uma blogueira e tem uma filha.

Em seu perfil nas redes sociais, nomeado de “Mister Hacker”, o suspeito postava fotos de família, de viagens e de sua atuação como hacker. Na página, ele chegou a publicar que não tem formação na área de tecnologia e que trabalhou com carteira assinada por cinco anos, período que definiu como “escravidão”.

Fraude no Detran

De acordo com a investigação conduzida pela Divisão Especial de Repressão à Corrupção (Decor/Cecor), o homem conseguiu cancelar multas e retirar restrições judiciais e administrativas invadindo os sistemas do Detran-DF. Com isso, era possível conseguir licenciamento e fazer transferência de propriedade de veículos com pendências.

Um laudo pericial produzido pelo Instituto de Criminalística da PC, por meio da Seção de Perícias de Informática, aponta que o montante dos valores das multas canceladas indevidamente chega a R$ 1.371.658,99.

Proprietários ou usuários dos veículos solicitavam as fraudes por meio de despachantes, que, por sua vez, encomendavam o serviço de alteração no sistema Getran a hackers especializados nesse tipo de crime. Em alguns casos, as mudanças foram feitas para liberar veículos destinados a leilão.

*Com informações do Metrópoles