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Suspeito de matar galerista americano no Rio é preso

Brent Sikkema, de 75 anos, foi encontrado morto com perfurações pelo corpo

Alejandro Triana Trevez é acusado de matar o americano Brent Sikkema — Foto: Reprodução

Foi preso, nesta quinta-feira, o suspeito de matar o galerista americano Brent Sikkema, de 75 anos. Contra Alejandro Triana Trevez, havia um mandado de prisão em aberto. A prisão foi feita por equipes da Delegacia de Homicídios da Capital (DHC), com o apoio da Polícia Rodoviária Federal (PRF) na Rodovia BR-050, perto de Uberaba, município de Minas Gerais. De acordo com a polícia, Trevez é o homem que aparece nas imagens de câmeras de segurança da empresa Gabriel, que flagraram a chegada e a saída dele da casa do americano. Ele ficou cerca de 15 minutos no imóvel.

O corpo de Sikkema foi encontrado dentro de sua casa, na Rua Abreu Fialho, no Jardim Botânico, Zona Sul do Rio, com marcas de perfurações, no último dia 14. Ele era sócio-proprietário de uma famosa galeria em Nova York, nos Estados Unidos. A vítima tinha perfurações de arma branca — como facas, tesouras, estiletes e chaves de fenda — pelo corpo. Segundo a polícia, a arma não estava na casa de Brent e, como o laudo cadavérico não está pronto, não é possível apontar qual seria.

Na terça-feira, investigadores da DHC pegaram imagens de cerca de 13 câmeras de segurança da Rua Abreu Fialho, onde há parte da Chácara do Algodão, tombada na década de 80, onde Brent tinha a casa. Imagens mostram que um homem observou a movimentação da rua e ficou cerca de 14 horas na região no dia do crime.

Brent vinha ao Rio no máximo três vezes ao ano e ficava no imóvel, onde era proprietário há cerca de 10 anos. Na região, ficam os ateliês de artistas como Beatriz Milhazes, Adriana Varejão e Gabriela Machado.

Corpo encontrado

Brent era sócio-proprietário de uma famosa galeria de arte em Nova York, a Sikkema Jenkins & Co. Ele foi encontrado morto pela advogada, que estranhou a falta de respostas durante o final de semana e resolveu ir até a casa dele. A polícia conta que ela tinha as chaves do imóvel e, ao entrar no quarto, encontrou o amigo sem vida deitado na cama, com marcas de perfurações pelo corpo.

Simone acionou o Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu), e, posteriormente, a Polícia Militar, que comunicou o assassinato. O crime, investigado pela Delegacia de Homicídios da Capital, apresenta lacunas, como o tipo e paradeiro da arma utilizada.

O último contato de Nunes com Brent foi feito na sexta-feira. O americano, que é dono do imóvel há cerca de 10 anos, estava na cidade desde o Natal. Segundo informam moradores e funcionários que trabalham na região, ele costumava vir ao Rio ao menos três vezes ao ano. Desta vez, aguardaria uma reunião com sua advogada — que seria realizada nesta segunda-feira — para retornar aos Estados Unidos. A viagem estava marcada para esta terça-feira.

A polícia acredita que Brent tenha sido morto no sábado. Até o momento, não há informações sobre suspeitos, mas os agentes trabalham com principal linha de investigação o crime de latrocínio, quando há roubo com resultado morte. Na manhã desta terça-feira, policiais da DHC estiveram no local para o recolhimento de imagens de câmeras de segurança. Ao menos 13 equipamentos, instalados em casas vizinhas à da vítima, auxiliarão na investigação.

*VIA EXTRA