TRANSFOBIA

Suspeito de matar mulher trans espancada é preso em Copacabana

Contra Welington Rodolfo de Oliveira Pacheco havia um mandado de prisão preventiva em aberto

Suspeito de matar mulher trans espancada é preso em Copacabana (Foto: Reprodução)

RIO DE JANEIRO (O GLOBO) – Suspeito de matar uma mulher trans, Welington Rodolfo de Oliveira Pacheco foi preso, nesta sexta-feira, por policiais civis num apartamento na Rua Figueiredo de Magalhães, em Copacabana, na Zona Sul do Rio. Contra ele, havia um mandado de prisão preventiva em aberto. A vítima, a designer de unhas Valentina Reis Rodrigues, conhecida como Fabinha, de 37 anos, foi espancada, ficou hospitalizada e morreu dias depois.

Os agentes da 12ª DP (Copacabana) identificaram também um segundo suspeito de participar do crime: Leandro da Silva. Ele e Wellington respondem por homicídio qualificado por motivo fútil.

O crime aconteceu em outubro de 2023, no bairro Xavante, em Belford Roxo. Os suspeitos eram ligados a seguranças de um mercado na região e acusaram Fabinha de furtar um sabonete. Os dois foram à casa dela e encontraram a vítima e encontraram a designer de unhas estava sentada em frente ao portão da residência vizinha, onde acontecia o aniversário de 3 anos de uma criança.

Os dois homens teriam dito que “o chefe” havia mandado que fossem até o local e um deles afirmou: “Viemos para matar mesmo”. Fabinha foi xingada “viado” e “viadinho” enquanto era agredida fisicamente na frente de vários adultos e crianças.

Crime repercutiu

A morte da designer de unhas chocou amigos dela e repercutiu nas redes sociais. Postagens pediram a prisão dos suspeitos. “Arrancaram a vida de uma trans por transfobia”, afirma uma delas.

Outra dizia que “um erro não justifica o outro”: “Pegaram a Fabinha e bateram tanto que ela foi parar em coma no hospital e teve morte cerebral, tudo isso por causa de um sabonete, um erro não justifica o outro. Fabinha cometeu o crime de furto, mas o que esses heróis da comunidade cometeram foi pior ainda: homicídio, tortura e transfobia“.