Quase um ano após o crime, a Polícia Civil acredita estar perto de concluir o inquérito que apura o assassinato do Prefeito de Matrinchã Daniel Antônio de Sousa de 50 anos e da esposa dele Elizete Bruno de Bastos de 45 anos. Apontados como suspeitos pelo duplo assassinato, Dalmi Félix da Cruz, de 52 anos, e Hélio Alves Soyer, de 67 anos, foram presos temporariamente na manhã desta quinta-feira (14/07).
Daniel e a esposa foram assassinados com tiros de espingarda no dia quatro de agosto do ano passado na chácara em que moravam em uma Agrovila, que fica distante três quilômetros de Matrinchã. Quatro dias depois, Hélio Alves Soyer, que era Secretário Municipal de Finanças da Prefeitura de Matrinchã, se apresentou na Delegacia Estadual de Investigações Criminais (Deic), em Goiânia, e confessou o assassinato, mas ele foi liberado.
Ao assumir o caso há 45 dias, o delegado Valdemir Pereira, que é chefe do Grupo Anti Sequestro e também titular da Deic, deu andamento ao inquérito e conseguiu reunir provas que ligam Hélio Soyer e Dalmi ao crime. Solicitada pelo delegado, a prisão temporária de 30 dias dos dois suspeitos foi decretada ontem. Hoje cedo Hélio foi preso em Brazabrantes e Dalmi em Nova Veneza.
“Nós não podemos entrar em detalhes para não atrapalhar as investigações, mas o que já adiantamos é que temos provas concretas de que tanto o Dalmi como o Hélio estavam na chácara no dia e hora em que o crime aconteceu. Ainda não sabemos a motivação, e foi exatamente por isso que pedimos a prisão deles, para que possamos ouvi-los”, afirmou Valdemir Pereira.
Elizete Bruno de Bastos e Daniel Antônio de Sousa foram assassinados com tiros de espingarda no dia quatro de agosto de 2015 em uma chácara em Matrinchã
A previsão é que Hélio e Dalmi, que foram colocados em celas separadas, sejam ouvidos amanhã. De acordo com o titular da Deic, quando confessou o crime no ano passado Hélio Soyer não falou sobre a motivação. “Ele apenas disse que matou e não quis entrar em detalhes, vamos ver se agora ele conta”.
Dalmi, segundo apurou a polícia, era muito amigo de Hélio e prestava serviços à prefeitura de Matrinchã. Na época em que ocorreu o duplo assassinato, Dalmi estava construindo uma piscina para a prefeitura em um Centro Comunitário da cidade.