Dois suspeitos de matarem uma família de ciganos em Tocantins foram presos nesta terça-feira (16), em Posse, no nordeste de Goiás. Eles foram encaminhados à unidade prisional da cidade.
O crime pelo qual a dupla é investigada aconteceu em 25 de julho deste ano, na BR-153, próximo a Wanderlândia, em Tocantins. Naquele dia, cinco pessoas de uma mesma família foi morta com disparos de arma de fogo.
Segundo a Polícia Civil do Tocantins, o carro com as vítimas, um Palio prateado com placas de Campina Grande (PB), capotou às margens da BR-153 durante a manhã. Quando a Polícia Rodoviária Federal (PRF) chegou ao local, constatou que havia várias marcas de tiro no veículo. No interior estavam os corpos de quatro pessoas, todas alvejadas na cabeça.
Posteriormente as vítimas foram identificadas como Alan da Silva, de 30 anos; Sidiney Pereira dos Santos, de 78 anos; Weslley Alves da Silva, de 25 anos; e Deuzenir Alves da Silva, de 60 anos. Uma criança de cinco anos, que foi lançada para fora do carro no momento do capotamento, também foi baleada na cabeça e ainda não foi identificada. No carro das vítimas foi encontrada uma pistola .40, de uso exclusivo da polícia.
Além dos mortos, a PRF também encontrou no local dois sobreviventes: uma mulher adulta, atingida na perna, e um menino de aproximadamente dois anos.
Conforme os relatos da testemunha, antes do capotamento do veículo foram ouvidos vários disparos de arma de fogo. O condutor do veículo teria sido atingido e perdeu o controle do carro, saindo da pista. Em seguida, homens teriam ido até o local executar os sobreviventes. A mulher só escapou com vida porque se fingiu de morta e conseguiu proteger o filho tampando sua boca.
O delegado Hemerson Moura, titular da Delegacia Regional de Araguaína, afirmou em entrevista ao Mais Goiás na época que a principal linha de investigação sobre as causas do crime diz respeito a uma briga entre famílias rivais de ciganos. “Nós colhemos o depoimento da sobrevivente adulta e ela revelou que houve uma desavença por uma questão de bebibas em um bar cerca de dois ou três anos atrás”, disse.