Fora da disputa

Tayrone renuncia candidatura a vice de Antônio Gomide

Tayrone fez o anuncio durante pronunciamento na Câmara Municipal

O petista Tayrone di Martino (PT) renunciou à candidatura a vice-governador do Estado. Ele concorria ao governo na chapa junto com o ex-prefeito de Anápolis, Antônio Gomide. O anúncio foi feito, na tarde desta terça-feira (30/09), durante um pronunciamento na Câmara Municipal.

Após votar contra uma proposta do próprio partido, Tayrone, assim como o também vereador petista Felizberto Tavares, foi suspenso por 60 dias do Diretório Municipal. Ele classificou a punição como “injusta” e afirmou que esta atitude pesou em sua decisão.

“Por ter absoluta certeza de ter feito o correto, somada a falta de apoio do partido, sinto que, suspenso dentro do próprio PT, por coerência, não posso fazer parte da chapa que disputa o governo de Goiás”, destacou.

Leia abaixo o discurso completo do vereador:

“Olá! Boa tarde a todos e todas presentes. Eu serei breve no anúncio que farei.

É pública a minha história como militante do PT em Goiânia. Sou filiado desde os 16 anos de idade, e, a partir disso, participei ativamente de todos os momentos, sejam os bons ou os difíceis. Como militante, fui entusiasta de todos os avanços pelos quais o Brasil passou nos últimos anos.


Creio que todos acompanharam os fatos ocorridos na última semana, aqui na câmara municipal. Votei contra as alíquotas que vão trazer o aumento dos impostos territoriais em Goiânia.


Da forma que foi feito, o projeto nos leva a um aumento “no escuro” dos IPTU’s e ITU’s pagos pelos contribuintes, que já pagam pesados impostos. Votei de acordo com a minha coerência, e em respeito às pessoas que me elegeram vereador desta capital. Creio, sim, que a arrecadação precisa melhorar. Mas isto deve ser feito com diálogo e participação da sociedade!


A insatisfação com os caminhos tomados pela atual administração de Goiânia não é só minha. Basta andar pelas ruas da cidade para ver que a população está cansada de tanto desmantelo. Eu fui eleito para ser um vereador das pessoas, e não um vereador do prefeito, que, aliás, também desejo que, no futuro, consiga ter sucesso na administração, pelo bem da cidade.


O meu voto e meu posicionamento demonstram a minha insatisfação com a atual gestão municipal, que, por sua vez, destoa totalmente do que deveria ser do jeito PT de governar. Logo o partido dos trabalhadores, que implantou o orçamento participativo, se vê hoje refém de uma postura sem diálogo.


Depois de votar coerente aos meus princípios e às pessoas que me confiaram esse mandato de vereador, sofri uma suspensão, injusta, no próprio partido!


É público, que comecei a sofrer retaliações dentro do PT, dentro do meu grupo político, e também dentro da administração. Por ter a absoluta certeza de ter feito o correto, somada a falta de apoio do partido, sinto que, suspenso dentro do próprio PT, por coerência, não posso fazer parte da chapa que disputa o governo de Goiás.


Minha desistência é uma resposta pública a perseguição e retaliações que tenho sofrido pela prefeitura e também pelo partido.

Sendo assim, comunico a todos que renuncio do posto de candidato a vice-governador na chapa do partido dos trabalhadores, e me dedicarei exclusivamente ao mandato de vereador de Goiânia.”