“Temos de dizer ‘sim’ para o Brasil”, diz Marconi ao avaliar crise econômica nacional
A convite do governador Pedro Taques, Marconi esteve na FIT Pantanal/Zicosur após a reunião do Consórcio Brasil Central, realizada na capital mato-grossense
Em discurso na abertura da Feira Internacional de Turismo do Pantanal (FIT Pantanal) e do Congresso da Zona de Integração do Centro-Oeste Sul-Americano (Zicosur), o governador Marconi Perillo afirmou nesta quarta-feira (21/4), em Cuiabá (MT), que a crise política e econômica é oportunidade para que os brasileiros se unam para dizer “sim” ao Brasil. A convite do governador Pedro Taques, Marconi esteve na FIT Pantanal/Zicosur após a reunião do Consórcio Brasil Central, realizada na capital mato-grossense, e aproveitou a oportunidade para afirmar que o País vai precisar muito dos governadores e dos prefeitos para atravessar este período.
“Nós temos que dizer sim ao Brasil, dar a nossa parcela de contribuição para vencermos os desafios que virão”, afirmou Marconi. O governador disse que a recuperação econômica passará necessariamente pelos Estados do Brasil Central, que geram atualmente R$ 20 bilhões de superávit na Balança Comercial brasileira, e lembrou que o desenvolvimento da infraestrutura, do turismo, do setor de comércio e serviços resultantes da integração entre os Estados do bloco fará com que a região saia na frente na superação da crise.
As crises econômica e política, que culminaram no último domingo com a abertura do processo de impeachment da presidente Dilma Rousseff pela Câmara dos Deputados (aprovado por 367 votos a favor, 137 contra e 2 abstenções), dominaram o Fórum de Governadores do Brasil Central, realizado nesta terça-feira (19/4). O governador Marconi Perillo, presidente do Fórum, disse ainda esperar que a crise política seja resolvida em no máximo 20 dias para que o Governo Federal possa colocar em prática programas urgentes de retomada da atividade econômica.
Segundo o governador, enquanto o impedimento da presidente Dilma Rousseff não tiver um veredito do Senado, o País viverá um período de estagnação na área econômica. Entende ser difícil o Congresso Nacional votar projetos importantes com o atual clima político. A falta de um cronograma que dê celeridade à análise de projetos que tratam de renegociação de dívida dos Estados, levou alguns governadores a ingressarem com ação no STF para que o cálculo dos juros das dívidas estaduais com o Tesouro Nacional seja modificado.
O indexador utilizado para o pagamento da dívida dos estados e o projeto de alongamento do prazo para quitação, foi outro assunto dominante na coletiva dos governadores com a imprensa. É que, enquanto os governadores se reuniam em Cuiabá, em Brasília o ministro da Fazenda, Nelson Barbosa e os governadores de cinco estados – São Paulo, Minas Gerais, Alagoas, Santa Catarina, Rio Grande do Sul, além de representante do Rio de Janeiro – participavam de audiência pública no Supremo Tribunal Federal (STF) com o ministro Luiz Edson Fachin para discutir os juros que incidem sobre as dívidas estaduais com a União.